Se “em time que está ganhando não se mexe”, o técnico Roberto Cavalo não vê motivos para alterar a formação que venceu, com sobras, o Guarani. Contra o São Caetano, amanhã – às 16h10, no Anacleto Campanella -, ele tenta repetir a dose, inclusive com as manutenções de Montoya e Luiz Henrique Camargo entre os titulares. Mesmo jogando contra as probabilidades, o treinador tenta manter vivo o sonho de uma briga direta pelo G4.
“Sei que é difícil. Nos restou apenas uma faísca. Mas, quem sabe?”, dispara Cavalo, que assim tenta manter o grupo mobilizado para a reta final da Série B. A promessa do técnico tricolor é de “cobrar e apertar cada vez mais” ao longo desses sete jogos que restam. “É como se fosse Copa do Mundo. Precisamos da vitória e vamos atrás desse objetivo”, disse Roberto Cavalo, sem se importar aos números pouco animadores.
Devido ao atual aproveitamento dos clubes do G4, estima-se que o número mágico para o acesso será muito superior ao registrado nas últimas temporadas. Desde que a competição passou a ser disputada por pontos corridos, quem chegou aos 63 pontos, subiu. O Atlético-GO, quarto colocado, tem 57% de aproveitamento e, se mantiver o pique, fechará a competição com 65 pontos.
“Ainda há confrontos diretos. Esse número vai cair”, aposta Cavalo, que não baixa a guarda e espera fechar o ano em alta. Nas suas contas, o Paraná ainda precisa de uma vitória para acabar matematicamente com o risco de rebaixamento.
Sob essa ótica, um empate, amanhã, não seria ruim. “Tem horas que o empate serve. Já não é o nosso caso. Precisamos vencer e vencer”. Por isso, o treinador não pestanejou ao definir o time que encara o Azulão, mesmo sem realizar um treino tático sequer.
“Estamos vindo de uma sequência muito desgastante. Mas, fico feliz porque todos os que atuaram diante do Guarani me garantiram que estão bem. Então, não tenho por que mudar”.
Na avaliação da comissão técnica, o ataque se acertou com um entrosamento até surpreendente entre Rafinha, Davi e Marcelo Toscano. “Como a gente diz, encaixou. Agora, é arrumar a retaguarda”, avisou Cavalo. Ele chegou a enumerar os muitos gols “bobos” que o time tomou recentemente e viu na partida contra o Guarani a atuação mais equilibrada da defesa, mesmo com alguns deslizes.
“Por isso, creio que todos merecem estar em campo mais uma vez”, explicou. Um quadro que faz de Gabriel e Adoniran, até então titulares absolutos, opções no banco de reservas. “Vamos à luta. Respeitando o São Caetano, mas sabendo que nós precisamos mais da vitória do que eles”, arrematou o comandante do azul, vermelho e branco.