O Paraná Clube não noite, mas participa “ativamente” da rodada. Na concentração para o jogo de amanhã (20h30), frente ao Juventude, o Tricolor “seca” seus concorrentes diretos na luta contra o rebaixamento. Uma combinação de resultados, aliada à uma vitória no Pinheirão, pode tirar o time de Caio Júnior da zona de rebaixamento. Se tudo der certo, o representante paranaense pode ganhar até cinco posições na tabela de classificação.
Nos jogos de hoje, os paranistas torcem por derrotas de Flamengo, Paysandu e Bahia, que jogam em casa contra Corinthians, Goiás e Santos. Um tropeço do Cruzeiro diante do Coritiba também viria a calhar – mas sem interferir diretamente na classificação -, assim como o empate entre Palmeiras e Botafogo – que fazem o “jogo dos desesperados” desta rodada, no Palestra Itália. O Paraná amanhã torce pelo Fluminense no clássico diante do Vasco, enquanto tenta fazer a sua parte com a bola rolando.
Se desbancar o vice-líder Juventude e estes resultados se confirmarem, o Tricolor termina esta rodada do Brasileirão “respirando aliviado” e na 20ª colocação. Na onda de “botar olho gordo”, os dirigentes também fazem suas apostas acreditando que estas combinações também serviriam para atrair o torcedor novamente ao estádio. No Brasileirão, o Paraná não conseguiu arrecadar sequer R$ 100 mil, em nove jogos como mandante. As rendas líquidas somam apenas R$ 92.885,77. Em três jogos, o Tricolor “pagou para jogar”, chegando a um saldo negativo de quase R$ 30 mil.
“Neste momento, precisamos do apoio de todos os paranistas. Aqueles que acreditam na virada e que estão dispostos ajudar os jogadores devem marcar presença no Pinheirão”, disse o presidente da Torcida Desorganizada Tricolor, Marcelo Gomes da Silva. Ao final do treino de ontem, ele falou aos jogadores, dando mais um voto de confiança ao grupo, que ainda corre atrás de três vitórias para fugir da “degola”.
Bosco é o escolhido para a lateral direita
Nem Cris, nem Luís Paulo. O titular da lateral direita no jogo de amanhã (20h30), frente ao Juventude, será Bosco. O técnico Caio Júnior preferiu lançar mão do reserva imediato da posição, mantendo uma linha de raciocínio coerente. O time já está definido, com a manutenção do 3-5-2 e a volta de Émerson ao meio-de-campo. Além de confirmar a equipe, Caio Júnior ainda testou uma série de opções que poderão ser aplicadas na partida.
O Paraná, mais uma vez, entra pressionado pela necessidade de vitória. Desta vez, porém, o time vem de um resultado positivo – passou pelo Gama: 2×1 – e tenta obter a segunda vitória consecutiva, o que ainda não ocorreu neste Brasileirão. A comissão técnica aproveitou a “semana cheia” para trabalhar todos os aspectos. Ontem, foi a vez de aprimorar a qualidade do passe e a velocidade na passagem da defesa para o ataque. Tudo sem se descuidar da marcação, pois do outro lado está o atual vice-líder da competição.
Praticamente garantido na outra fase, o Juventude entra em campo sem pressão e esbanjando tranqüilidade. Resta ao Paraná saber administrar a sua condição emocional para ditar o ritmo da partida e buscar os três pontos. Caio aposta na manutenção de três zagueiros, o que deu mais estabilidade ao time. Roberto, que convive com uma tendinite no joelho esquerdo, está confirmado. “Não tem problema não. Estou pronto pro jogo”, disse. Roberto participou da primeira metade do coletivo, onde Caio utilizou o time que inicia a partida.
Luís Paulo foi vetado devido a uma lesão no adutor da coxa esquerda. Porém, Bosco, que não havia treinando no dia anterior, com dores musculares, recuperou-se e foi confirmado. Assim, Cris – que é lateral-esquerdo, mas também joga pela direita – ficará apenas no banco de reservas. O Tricolor conta ainda com a volta de Émerson, após cumprir suspensão. Ele entra na posição de César Romero, que está fora pelo terceiro cartão amarelo.
Goiano, recuperado de contusão no joelho, treinou forte durante toda a semana e ficará no banco. Caio programou um retorno gradual para o jogador, que era titular antes da lesão. Goiano participou de boa parte do treino, entrando na posição de Sidnei. O treinador ainda testou Dennys na esquerda e Waldir na direita, abrindo seu time num 4-3-3, com a saída de um dos zagueiros.
