O Paraná Clube fechou o ano com um fraco desempenho: 41,1%. Número que só foi alcançado devido ao rendimento “razoável” na Série B. Mesmo tendo vivido momentos de tensão na reta final da competição – sob a ameaça de uma queda para a Terceirona -, o Tricolor nunca esteve abaixo da 14.ª posição, encerrou a participação em 13.º lugar e a 9 pontos da zona de acesso para a elite nacional. Se na média a campanha no Campeonato Brasileiro não foi tão ruim, os números no Paranaense mostram bem onde o clube errou e porque acabou rebaixado para a Divisão de Acesso, pela primeira vez em sua história.
Não que o risco fosse algo inédito na vida do Paraná. Em 2003, o Tricolor esteve perto de amargar uma queda no Estadual. Ao apostar num time essencialmente jovem, logo após um Brasileiro crítico (em 2002, o Paraná se safou da queda na última rodada) o clube viveu momentos de grande tensão. Com Caio Júnior à frente da garotada, o Tricolor só se safou da queda na última rodada, ao empatar (1 x 1) em casa com a Portuguesa Londrinense.
A campanha fez o clube passar por uma reformulação completa no departamento de futebol. Mas apesar do bom desempenho no Brasileiro 2003, os erros se repetiriam no Paranaense do ano seguinte. Apenas o goleiro Flávio foi mantido e ao tentar a sorte com um time “barato”, o Paraná acabou relegado a um vexatório torneio da morte. Saulo de Freitas foi demitido do comando do time e Édson Neguinho, como interino, salvou o time do descenso, com cinco vitórias em cinco jogos. Um “achado” após a sucessão de erros cometidos.
Porém, por tudo que o Paraná fez (ou deixou de fazer) no Estadual 2011, ficou claro que seus dirigentes, independentemente da ala a qual pertençam, não aprenderam com erros passados. Entregou-se a Roberto Cavalo a montagem de um time risível e que, com o treinador, somou apenas dois pontos em oito jogos. Deu no que deu. Mesmo com a vinda de alguns reforços medianos, e a aposta em Ricardo Pinto, o Tricolor naufragou.
