O Paraná Clube promete fazer tudo ao seu alcance para salvaguardar seus direitos nas disputas da Divisão de Acesso e Série B. Na prática, o Tricolor quer evitar a apreensão vivida em 2007, quando precisou se defender nos tribunais por ter entrado em campo em intervalo inferior a 66 horas – uma norma da CBF e das federações.
Até o momento, o presidente da FPF, Hélio Cury, não se manifestou sobre o pedido do clube para a antecipação do arbitral do torneio. O Paraná entende que uma decisão tomada no arbitral, pela maioria dos clubes, seria definitiva nessa questão. Posição que é comum ao pensamento do advogado Domingos Moro. “Essa história de unanimidade é burra. A vontade da maioria deve prevalecer nesse caso”, atesta Moro, que na próxima semana deverá se reunir com o presidente Rubens Bohlen.
A postura do Paraná é clara. “Expusemos à federação e aos clubes sobre a inviabilidade de se disputar a Divisão de Acesso em três meses, a partir de maio. A decisão não é nossa. Porém, faremos de tudo para que a legislação seja respeitada”, comentou o superintendente Celso Bittencourt. Há quatro anos, o Paraná chegou a ser denunciado no TJD por ter utilizado atletas sem respeitar o intervalo de 66 horas. Esses jogadores, na visão do auditor Gustavo Bizineli, teriam atuado de forma irregular. Assim, o Tricolor corria o risco de perder até 6 pontos.
O clube foi absolvido na comissão disciplinar e no pleno, mas precisou passar por todo o estresse de dois julgamentos. Tudo porque utilizou alguns atletas em dois jogos realizados num intervalo de apenas 24 horas. No dia 7 de fevereiro de 2007, o Paraná encarou o Cobreloa pela Libertadores. No dia seguinte, entrou em campo para encarar o Cianorte pelo Paranaense. Sete atletas foram relacionados para os dois jogos, mas apenas um deles – o volante Goiano – foi titular em ambos. Isso porque no primeiro, ele acabou expulso aos 28 minutos da etapa inicial.