O Paraná Clube poderá ter um time totalmente remodelado para o jogo deste domingo – às 18h10, na Vila Capanema -, frente ao Fluminense. Ao todo, são oito alterações em relação ao time que entrou em campo no clássico. A ausência de quatro atletas, todos suspensos, não impediu o técnico Lori Sandri de mexer também em outras posições, tentando tornar a equipe mais dinâmica e equilibrada.
As trocas mais significativas ocorreram nas alas, onde o Paraná vive um problema quase crônico. Em especial na direita, onde desde a lesão de André Luiz – que segue se recuperando de uma cirurgia no tornozelo direito – o clube vem convivendo com dificuldades. Já passaram pela posição Parral, Léo Matos, Alex e Araújo, sem sucesso. Vandinho, improvisado, terá a missão de pôr fim a essa uruca da camisa 2. No clássico, ele já atuou na posição por aproximadamente 30 minutos.
Na esquerda, Lori decidiu observar o garoto Adriano Bahia, recém-contratado junto ao Mirassol e que vem realizando bons treinamentos. Só que no coletivo de ontem, curiosamente, os titulares exageraram nas jogadas pelo lado direito do ataque e Adriano teve participação apenas discreta. Além de testar novas opções para as alas, o treinador também mexeu no setor de criação, escalando Batista como elo entre meio-de-campo e ataque, na vaga de Éverton.
Volante de origem, Batista atuou com maior liberdade e teve a constante aproximação de um dos atacantes na ocupação dos espaços. Já no ataque, Josiel, ao que tudo indica, terá um novo parceiro. Lori Sandri decidiu dar uma chance a Jefferson (que decidiu deixar de lado o apelido Jeff).
O jogador teve apenas duas participações, até aqui, neste Brasileiro. Frente ao Vasco, na última rodada do turno, entrou aos 34 minutos do segundo tempo. Recentemente, foi lançado por Lori no jogo contra o Sport e no primeiro toque na bola fez o único gol do Tricolor na derrota por 3×1 para o rubro-negro pernambucano.
As outras quatro alterações são simples trocas devido às ausências de Flávio, Neguete, Nem e Rafael Muçamba, todos suspensos. Gabriel entra na meta, Daniel Marques e João Paulo na zaga e Adriano na cabeça-de-área. Desta forma, Lori mantém o time no 3-5-2, sistema padrão do Tricolor ao longo de todo o Brasileiro. ?Temos que ir pra dentro dos caras. Precisamos dessa vitória e não há outra alternativa?, comentou Jefferson. ?A oportunidade surgiu e espero ter uma seqüência, quem sabe fazendo gols e ajudando a tirar o clube dessa situação de risco?, finalizou o atacante.
Pra sair do atoleiro, Vandinho vai pra lateral
Foto: Valquir Aureliano |
Atacante vai jogar de ala neste domingo contra o Fluminense, e afirma que vale qualquer sacrifício para dar a volta por cima. |
Os pouco mais de 30 minutos do clássico não foram a única experiência de Vandinho como ala. Nos outros clubes por onde passou, o atacante já havia sido improvisado nessa função. ?Em 2002, quase fui contratado pelo Paraná Clube como lateral-direito?, lembra Vandinho. ?Naquela época, vinha jogando na posição pelo União Bandeirante, quando o Ney Santos, que também jogou aqui, me indicou pro Vavá?, recordou.
Vandinho não veio, na época, e agora, cinco anos depois, tenta reencontrar espaço no Tricolor fora de sua real posição. ?Sei que precisamos dar a volta por cima. Então, vale qualquer sacrifício?, comentou Vandinho. ?Conversei com o professor Lori e me coloquei à disposição para atuar na ala. Não estou abrindo mão do ataque, mas quero ajudar?, disse o ?novo? ala. A idéia do treinador fica evidente: usar a força e a velocidade de Vandinho para ganhar volume de jogo pelo lado direito do gramado.
?Fizemos só um treino. O entrosamento não é o ideal, mas temos que superar tudo nessa hora?, avisou o jogador. Vandinho também jogou como ala no Londrina e no Noroeste, seu último clube antes de ser contratado pelo Paraná Clube. ?Esse grupo tem qualidade. Não estamos bem na competição, mas dá tempo para reagir. Só que não dá mais para adiar. Temos que decolar já neste jogo, contra o Fluminense?, assegurou Vandinho.
?Com um bom resultado, recuperaremos a confiança para buscar os pontos necessários para fechar a temporada na primeira divisão?, acredita o jogador. O atacante sabe que para sair do sufoco, o Paraná precisa vencer pelo menos a metade dos jogos que tem pela frente. ?Não adianta ficar pensando em cinco, seis vitórias. Temos que dar o primeiro passo e focar um jogo de cada vez. São 11 finais, mas temos que vencer a primeira, já no domingo?.