continua após a publicidade

parana261104.jpg

Axel sentiu dores e foi poupado
do treino de ontem. Mas joga.

O desafio agora é não mais voltar à zona do rebaixamento. O Paraná Clube se prepara para mais uma decisão no campeonato brasileiro, tendo por meta assegurar o quanto antes a permanência na primeira divisão.

O técnico Paulo Campos já avisou que não pretende chegar à última rodada precisando de pontos. Para isso, seria fundamental uma vitória sobre o Goiás, amanhã, às 16h, no Pinheirão. Diante de um adversário perigoso e qualificado, a ordem é valorizar a posse de bola e acertar a pontaria.

No caso de empate, o Paraná termina a rodada, na pior das hipóteses, na 20.ª colocação. Mas, o time de Paulo Campos tem mostrado nesta seqüência de 15 rodadas que não tem vocação para a retranca. Nos momentos em que partiu para uma estratégia mais cautelosa, se deu mal, como em São Caetano do Sul – quando sofreu o gol da derrota no último minuto de jogo. Na própria escalação, o treinador dá a dica do que pretende armar neste duelo com os goianos. Canindé volta ao meio-de-campo para a saída de um dos volantes.

continua após a publicidade

Essa mudança não está confirmada, mas pelo que foi realizado nos treinamentos, é uma tendência. No tático de ontem à tarde, nem Axel nem Beto trabalharam. Fortemente gripado, Beto sequer foi ao Pinheirão, enquanto Axel iniciou a atividade, mas deixou o gramado com dores musculares. "Nada que preocupe", avisou o próprio jogador. Paulo Campos já iniciara o treinamento com treze jogadores na equipe e em campo reduzido. Ajustes que visam melhorar a qualidade no passe, com um grau maior de dificuldade para tabelas e arremates.

Goiano e Sinval foram as "peças excedentes" no time principal. Como tem reafirmado que possui seis titulares para as cinco posições do meio-de-campo, Paulo Campos não antecipou quem sairia para a volta de Canindé, que cumpriu suspensão automática frente ao Atlético Mineiro. "Vamos esperar, até porque o Beto e o Axel ainda estão em tratamento", lembrou. Caso um deles venha a ser vetado, aumentariam as chances de Messias ser mantido no time.

continua após a publicidade

Com o quarteto de frente armado com Cristian, Canindé, Marcel e Galvão, o treinador espera aproveitar os espaços deixados na defesa do Goiás, que usa muito o apoio de seus alas. Em especial Jadílson, que pela esquerda joga como um meia. "É preciso saber explorar estes pontos. Com a devida cautela, mas impondo o nosso ritmo", comentou o ala da direita, Etto. Considerado um lateral "de muita força", ele tem melhorado a produção da equipe pelo lado direito. "O time até está habituado a atacar mais pela esquerda, mas creio que hoje estamos balanceando bem as jogadas pelos flancos", comentou Etto.

Encontro com dois renegados

O Paraná Clube reencontra, amanhã, jogadores que já vestiram a camisa tricolor no passado, mas que saíram "pela porta dos fundos". Um deles, literalmente. O zagueiro André Dias e o lateral Jadílson trocaram de lado e a deserção não foi esquecida pelos torcedores. Que o diga André. Revelado nas categorias de base do clube paranaense, ele surgia como uma das grandes promessas de retorno financeiro quando ingressou na Justiça do Trabalho e, sob liminar, deixou o Tricolor.

André Dias sentiu na pele a reação do torcedor. Rotulado de André Fujão, enfrentou o Tricolor duas vezes e se deu mal. Foi solenemente vaiado e seus times – primeiro Flamengo e depois Paysandu – foram goleados em confrontos recentes. A situação de Jadílson é similar, mas como não chegou a criar laços mais profundos com o Tricolor, a postura da galera é uma incógnita. Depois de defender o Paraná no estadual deste ano, era peça indispensável para o Brasileiro, na avaliação de dirigentes e comissão técnica.

Porém, uma proposta do Goiás o seduziu e, sem chegar a acordo com a diretoria tricolor, abandonou o Paraná em plena pré-temporada, "pulando o muro" da concentração da equipe, em Itu. Diferenças à parte, a comissão técnica sabe que terá que armar seu time para anular essas peças, pois a dupla vive um bom momento no Brasileirão. Se André é um jogador a ser vencido pelos atacantes do Paraná, Paulo Campos terá que acertar a marcação pelo lado direito de sua defesa para impedir os constantes avanços do baixinho Jadílson.