O Paraná jogou como nunca e perdeu como sempre. Pudera, com a defesa que tem, a Segundona deve pintar para o tricolor bem antes do final do Brasileirão.
No dia em que o meio e o ataque produziram bem mais do que vinham mostrando e encararam de frente o favorito Palmeiras, a linha defensiva pôs tudo a perder e entregou de mão beijada três pontos para o time paulista. Com os 3 a 0 para o Verdão, o tricolor se manteve na 18.ª colocação e ficou a seis pontos de sair da zona do rebaixamento.
Não bastasse a campanha desesperadora dentro de campo, o time paranista ainda teve de esquecer as lambanças políticas para encarar o Palmeiras. Ninguém botava muita fé e com sete desfalques os comandados por Saulo de Freitas encararam o favorito time de Caio Jr. E que ainda tinha o craque Valdivia em campo. O gringo deu trabalho e ameaçou Gabriel de cabeça e com um bom chute, mas foi Jumar quem se apresentou no primeiro lance de perigo. O garoto mandou uma bola na trave e avisou que o tricolor não estava morto.
E não estava mesmo porque Josiel quase encobriu Diego, que rebateu. Na volta, Batista chutou forte e o arqueiro alviverde salvou mais uma vez. O jogo estava bom para o Paraná, mas a zaga (sempre ela e sempre desatenta) não acudiu Gabriel, que espalmou um petardo de Makelele. Na sobra, Rodrigão mandou para a rede. A cena quase se repetiu, mas o guapo paranista ainda teve forças de espanar a bola da área. O time foi tão bem que Saulo não mandou a equipe fazer nada de diferente para o segundo tempo.
O problema é que o Palmeiras voltou mais atento e foi para cima do Paraná. Principalmente com Caio, que acordou e começou a colocar pressão para cima de Gabriel. O arqueiro paranista continuou segurando a barra, mas Márcio Careca resolveu brincar na área e colocou tudo a perder. Depois de receber um tranco, deu as costas para Valdivia e deixou o gringo fuzilar. E olha que o time estava encarando bem o adversário, mas o gol acabou sendo uma ducha de água fria nas pretensões do tricolor.
Perdendo por dois, Saulo apostou em Lima, a marcação ficou prejudicada e Leandro armou um grande contra-ataque pela esquerda e cruzou para Rodrigão decretar a derrota do Paraná. O time ficou nervoso, as bolas não levavam mais perigo ao gol de Diego Cavalieri e o fantasma da Segundona chegou de vez à Vila Capanema. Para reverter esta situação, o time precisa vencer cinco dos seis jogos que restam para o final da Série A deste ano.
CAMPEONATO BRASILEIRO
32ª Rodada
Palmeiras 3 x 0 Paraná Clube
Palmeiras
Diego Cavalieri; Paulo Sérgio, Dininho, Gustavo e Valmir (Leandro, 3 do 2.º); Wendel, Makelele, Valdivia e Caio; Luiz Henrique (Deyvid, 20 do 2.º) e Rodrigão (Luiz, 32 do 2.º).
Técnico: Caio Jr.
Paraná Clube
Gabriel; Léo Matos, Daniel Marques, Neguete e Márcio Careca; Goiano (Lima, 22 do 2.º), Jumar, Robson (Renan, 35 do 2.º) e Batista; Jefferson (Giuliano, 14 do 2.º) e Josiel.
Técnico: Saulo de Freitas
Local: Palestra Itália (São Paulo)
Árbitro: Wagner Tardelli Azevedo (Fifa-SC)
Assistentes: Marco Antônio Gomes (Fifa-MG) e Carlos Berkenbrock (SC)
Gol: Rodrigão aos 42 do 1.º tempo; Valdivia aos 20, Rodrigão aos 28
Cartão amarelo: Robson, Daniel Marques, Márcio Careca, Gustavo, Makelele
Renda: não divulgada
Público pagante: 26.739
Público total: não divulgado
