Paraná Clube jogou o suficiente para vencer o Galo

Não foi o melhor jogo do Paraná no campeonato brasileiro. Mas o resultado era o melhor possível para a partida de ontem no Pinheirão. O magro 1×0 sobre o desmobilizado Atlético-MG esfriou a crise que ameaçava se instalar na Vila Capanema.

Contando com o sacrifício de Renaldo, que chegou a passar mal no estádio (e foi parar no hospital), e com a vontade dos outros jogadores, o tricolor venceu e chegou aos 12 pontos, voltando à zona intermediária da competição.

Nem mesmo o sol, que escolheu o Pinheirão para brilhar na tarde fria de Curitiba, animou os jogadores no primeiro tempo. O Paraná tinha dificuldades para impor seu jogo, ainda mais porque exagerava nas bolas alçadas. O Atlético-MG parecia ao mesmo tempo interessado em garantir o empate e ‘desinteressado’ com o jogo – alguns jogadores, como Fábio Baiano e Euller, demonstravam desmotivação.

Renaldo, em contrapartida, era o jogador mais perigoso do tricolor. Por mais que não estivesse em sua forma física ideal, o centroavante era alvo da marcação dupla (Henrique e Marquinhos) da zaga atleticana. Com isso, abriam-se espaços para as chegadas de André Dias e Thiago Neves, este tendo a melhor chance da primeira etapa, recebendo de André e chutando para fora. O Galo foi para os vestiários reclamando de um pênalti não marcado de Daniel Marques em Marques.

Na volta do intervalo, o Paraná mostrou querer jogar e ganhar. E nos primeiros minutos provou isso com o gol da vitória. Rafael Mussamba, que é responsável pela destruição (e não pela criação) uniu qualidade e vontade ao ganhar de Fábio Baiano e deslocar o goleiro Bruno com um belo toque. Nos minutos seguintes, o tricolor teve chances de ampliar o placar a diminuir a aflição da torcida. E esta aflição aumentou em uma situação que assustou quem estava no estádio.

Após sair, extenuado, aos 15 minutos do segundo tempo, Renaldo deu um susto em todo mundo. Gripado, ele teve uma crise respiratória, reclamou de dores no peito mas não perdeu os sentidos. O centroavante foi levado para a unidade médica móvel que estava no Pinheirão. Submetido a exames ainda no estádio, o jogador acabou levado para o hospital Evangélico. "Ele está bem, consciente, mas vamos levá-lo para exames complementares", comentou o médico Júnio Chequim.

Apesar do abalo psicológico, o Paraná conseguiu manter seu ritmo e administrar o resultado. Wellington Paulista conseguiu boas jogadas e Daniel Marques chegou a acertar a trave em uma bela cabeçada. Flávio, tirando uma intervenção ou outra, era um espectador privilegiado da partida -até porque, do outro lado, estava um time sem a menor vontade de fazer qualquer coisa. Mas o tricolor não tinha nada a ver com isso.

CAMPEONATO BRASILEIRO
PARANÁ CLUBE 1×0 ATLÉTICO-MG

Paraná: Flávio; Daniel Marques, Marcos e Aderaldo; Neto, Rafael Mussamba, Mário César, Thiago Neves e Vicente; André Dias (Maicosuel) e Renaldo (Wellington Paulista). Técnico: Lori Sandri

Atlético-MG: Bruno; André Luiz, Henrique (Ramón) e Marquinhos; George (Fábio Júnior), Walker, Amaral, Fábio Baiano e Rubens Cardoso; Marques e Euller (Luís Mário). Técnico: Tite

Súmula
Local: Pinheirão
Árbitro: Luís Marcelo Vicentin Cansian (SP)
Assistentes: Francisco Rubens Feitosa (SP) e Nilson de Souza Monção (SP)
Gols: Rafael Mussamba 9 do 2º
Cartões amarelos: Marcos, Aderaldo, Maicosuel, Wellington Paulista (PR); Henrique, Fábio Baiano, André Luiz, Rubens Cardoso, Fábio Júnior (CAM)
Renda: R$ 25.814,00
Público: 3.222 (2.614 pagantes)

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