Um início de jogo sonolento e um pênalti perdido foram fatais ao Paraná Clube, que ontem à tarde perdeu sua primeira partida na Série B do Campeonato Brasileiro. Jogando fora de casa, o Tricolor foi derrotado por 1 x 0 para a Ponte Preta, no Moisés Lucarelli. O resultado deixa a equipe do técnico Marcelo Oliveira com os 3 pontos conquistados na primeira rodada, enquanto os líderes são Náutico e Figueirense, com 6 pontos.
Os donos da casa sequer permitiram que o Paraná impusesse seu estilo. Logo a sete minutos, após uma pressão que começou no apito inicial, o ex-tricolor Vicente fez ótima jogada pela esquerda e cruzou na cabeça de Reis, abrindo o placar. “Não sei o que aconteceu, a gente entrou muito devagar”, comentou o goleiro Juninho.
O gol da Ponte fez os visitantes acordarem no jogo, criando boas chances e levando perigo ao gol de Eduardo Martini. As virtudes paranistas reapareceram: Gílson sobrando pela esquerda, Leandro Bocão e Marcelo Toscano se movimentando e confundindo a marcação, Ives e Chicão acertando a marcação e evitando os avanços da Ponte, e Irineu, em tarde inspirada, chegando a tirar na linha do gol uma cabeçada de Reis.
Mas não foi um jogo simples. Era preciso acertar o pé na frente e evitar as bobeadas na defesa. Além disso, se fazia necessário parar Vicente e Alex Santos – os alas da Ponte que aterrorizavam o setor defensivo tricolor.
Aos 35 minutos, a confusão. Após o escanteio, Irineu quase marcou e Vicente derrubou Wanderson. O árbitro marcou pênalti, foi pressionado pelos campineiros, decidiu conversar com o auxiliar e, enfim, confirmou a penalidade. Mas não faria nenhuma diferença se tivesse mudado de opinião, pois Luís Henrique bateu muito mal e Martini defendeu.
Para a segunda etapa, Marcelo Oliveira apostou em André Luiz, recuperado de mais uma lesão – ele entrou no lugar de Ives, com a passagem de João Paulo para o meio-campo. A alteração não acertou a marcação em Vicente, mas ao menos o Tricolor não ficou tão encurralado como no primeiro tempo. Faltava ainda o “algo mais’ para definitivamente tomar conta da partida e buscar o empate.
Somália foi a tentativa do “algo mais’ do treinador, tirando Leandro Bocão (que caíra muito de produção). Mas as alterações não surtiram efeito, e o rendimento do time foi piorando com o passar do tempo. Restava ainda uma alteração, e Marcelo arriscou com Walderi, que estreava no Paraná. Só que a troca não adiantou, e o resultado não mudou. Não há tempo, entretanto, para se lamentar – terça, às 21h, tem jogão contra o Santo André, na Vila Capanema.
