Puxa daqui, estica dali e o jogo Prudentópolis x Paraná Clube será disputado em plena segunda-feira, à tarde, em Irati. A decisão foi anunciada ontem pela Federação Paranaense de Futebol, após uma consulta aos clubes. O Prude perdeu o mando de dois jogos e indicou o Emílio Gomes para a realização da partida. Só que o Iraty também joga neste fim de semana – frente ao Cianorte, pelo Grupo C – e não liberou seu estádio para que o jogo do torneio da morte fosse disputado no sábado.
A explicação é plausível. Uma chuva comprometeria o estado do gramado para o seu jogo, marcado para domingo. A federação chegou a sugerir outras cidades, como Maringá e Paranaguá, mas a viagem mais longa para Prudentópolis ou Paraná inviabilizou estas opções. “Consultamos os clubes e a escolha foi pela disputa do jogo na segunda-feira”, explicou o diretor-técnico da FPF, Joelson Pissaia. O regulamento do campeonato não obriga o clube penalizado a marcar seu jogo a 150 km de distância, como ocorre no Brasileirão.
Porém, há a obrigatoriedade de utilização de um estádio da primeira divisão estadual. O jogo entre Prudentópolis e Paraná fechará, assim, o primeiro turno do quadrangular que apontará os dois clubes rebaixados para a segunda divisão. No domingo, o Nacional recebe o Grêmio Maringá, no Erick Gerge, em Rolândia. Após duas rodadas, Nacional e Prude dividem a primeira colocação com quatro pontos, um a mais que o Paraná, com o Grêmio na “lanterna” e sem nenhum ponto conquistado.
A confirmação do jogo para segunda-feira, às 15h30, fez a comissão técnica alterar a programação. O técnico-interino Édson “Neguinho” dos Santos vai comandar dois coletivos durante a semana, mas ainda depende dos departamentos médico e jurídico para escalar o time. Sua intenção é repetir a formação que goleou o Maringá (6×1). Para isso, torce pela recuperação do lateral-direito Erivélton e a absolvição do atacante Athos. O médico Milton Nagai já antecipou que Erivélton deve ser liberado para o treino de amanhã, já sem dor no tornozelo direito, que ele torceu no jogo do último sábado.
A situação de Athos é mais delicada. Ele será julgado amanhã pela expulsão diante do próprio Prudentópolis, na última rodada na fase anterior. Os advogados do clube vão tentar desqualificar de artigo o atleta, pois segundo o relatório do procurador do TJD (jogada violenta), Athos pode pegar de dois a seis jogos de suspensão. O atacante foi o principal destaque do tricolor na última jornada, marcando dois gols e sendo o principal articulador das ações ofensivas do time. “Vou torcer muito, pois não quero ficar de fora do time neste momento. O time venceu bem e recuperamos a confiança necessária para tirar o Paraná desta posição incômoda”, finalizou.
Dirigentes ampliam os contatos
A diretoria do Paraná Clube continua fazendo contatos e buscando estreitar relações com outros clubes e federações do futebol brasileiro. O presidente José Carlos de Miranda e seu vice, José Domingos, estiveram ontem em Porto Alegre, visitando o Grêmio, o Inter, a Federação Gaúcha e o presidente do Clube dos 13, Fábio Koff. O clube já sabe que para este ano as cotas de tevê não serão alteradas. Haverá somente um reajuste proporcional (estimado em 20%). A tendência é que o tricolor receba R$ 3,6 milhões.
“Estamos tentando estreitar os laços com os demais integrantes da primeira divisão”, comentou José Domingos. “Há um movimento para que o Clube dos 13 altere seu estatuto para que os clubes que também integram a primeira divisão tenham maior participação na associação. Eles também estão estudando a reforma do sistema de divisão das cotas”, explicou.
Seguindo por outros caminhos, o diretor de futebol Durval Lara Ribeiro retornou ao interior paulista. Ele pode finalizar algumas contratações e acelerar contatos com outros jogadores que estão nos planos do Paraná para o nacional. Os nomes destes reforços não são confirmados pelos dirigentes, mas o clube tem interesse em jogadores do nível de Luciano Henrique (Atlético Sorocaba), Canindé (Paulista), Éder (Marília), Axel (Portuguesa Santista) e Pierre (Ituano).
