Contando somente com a matemática para buscar o título no Estadual, o Paraná Clube volta atenções para a disputa da Série B, a 2.ª Divisão do Brasileiro, que tem início dentro de um mês.

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Por isso, é momento de avaliar erros e acertos no primeiro trimestre da temporada. Analisar quem fica, quem sai e – principalmente – quem vem para qualificar o grupo para a maratona de 38 jogos valendo acesso à elite do futebol brasileiro.

No “laboratório” da competição local, o Tricolor pode não ter sido aprovado, mas o grupo mostrou pontos positivos e, diferente de 2009, uma base foi forjada na Vila Capanema.

Mesmo com uma série de percalços – não se pode ignorar as contusões que atrapalharam os planos da comissão técnica, o treinador Marcelo Oliveira deu uma “cara” ao Paraná. Um grupo que se mostrou guerreiro e que só não foi mais longe no Estadual e na Copa do Brasil por dificuldades inerentes a um processo de reconstrução.

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O Tricolor, diferente dos rivais, saiu quase que do zero para a montagem desse grupo, sendo que no meio do caminho perdeu peças chaves como Bruninho (a grande aposta do clube para 2010, mas que voltou das férias lesionado), Guaru e Murilo – machucados. Durante as primeiras rodadas, Marcelo Oliveira não contou com o meia Márcio Diogo e, depois, com o zagueiro Irineu.

Cálculos

Na frieza dos números, a campanha atual é tão decepcionante quanto a de 2009, quando o Paraná fechou o Estadual num desconfortável 5.º lugar. Porém, desta vez fica a sensação de que os 20 jogos disputados até aqui não foram em vão.

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Mesmo diante de notórios problemas financeiros (os salários de fevereiro ainda não foram pagos), houve bons momentos da equipe, que chegou a uma invencibilidade de 10 jogos e uma das defesas mais seguras do Estadual.

Talvez o grande consolo para os paranistas esteja no fato de que nos seis jogos mais difíceis do ano, até aqui, o time tenha apresentado um bom futebol. Nos duelos com Atlético, Coritiba e Sport-PE (com quatro derrotas – todas pelo placar mínimo -, um empate e uma vitória), faltou sorte e competência para um aproveitamento melhor.

Porém, é possível imaginar que não falta muito para que o clube consiga suprir carências e, a partir desta base, realizar uma campanha na Série B muito superior àquilo que se viu nas temporadas 2008/09.

A diretoria fala em quatro contratações de expressão, além dos jogadores que estão vindo do interior do estado. “Estamos negociando com três ou quatro jogadores mais rodados, que nos darão maior sustentação na Série B”, disse o diretor de futebol Guto de Mello, sem citar nomes.

Porém, um desses jogadores é o atacante Ricardinho, que atuou no clube em 2008 e está atualmente no Oeste (SP). O clube busca ainda um lateral-direito, um meia e, possivelmente, um centroavante “matador”.