Com a “repatriação” do meia-atacante Diego, o Paraná Clube chega à marca dos onze reforços. Um time inteiro contratado para a maratona de jogos que o Tricolor terá pela frente a partir de maio, quando começam as disputas da Segundona Paranaense e da Série B. Apesar de ser um número significativo de “caras novas”, não chega a ser uma grande surpresa, já que o Tricolor partiu praticamente da estaca zero no processo de reformulação do seu elenco. Entre reforços, remanescentes do ano passado e garotos promovidos da base, o clube já conta com 31 atletas no elenco.
O número de contratações, aliás, é idêntico ao do Atlético e apenas um pouco superior ao do Coritiba (que trouxe, até aqui, nove reforços). Pesa ainda o fato de o Paraná ter duas competições disputadas simultaneamente. Só em maio, serão doze jogos – média de um jogo a cada dois dias e meio. Resumindo: o técnico Ricardinho terá pouco tempo para trabalhar. Por isso, todo o grupo será utilizado. “Preciso de todos bem e focados, pois será difícil manter a mesma equipe de jogo a jogo”, analisou o técnico Ricardinho, rechaçando a possibilidade de escalar equipes distintas nos dois campeonatos.
Segundo o treinador, o Tricolor não irá priorizar competição. “Mas temos que ter opções, pois a temporada será desgastante”. Na visão de Ricardinho, o perfil dos reforços é muito importante. “Estamos trazendo jogadores dispostos a encarar esse desafio, que é recolocar o Paraná no seu lugar, ou seja, nas primeiras divisões do Estadual e do Nacional”, comentou. Por isso, os poucos jogadores com maior bagagem, trazidos até aqui, são atletas da confiança do técnico, como Alex Bruno e Fernandinho. São jogadores experientes, mas interessados no projeto estabelecido pelo treinador e pelo gerente de futebol Alex Brasil.
Nesse processo de reconstrução do Paraná Clube, os reforços estão, até aqui, bem distribuídos pelos três setores da equipe. Foram trazidos quatro jogadores para a defesa (André Vinícius, Alex Bruno, Alisson e Fernandinho) três para o meio-campo (Vandinho, Lucas Souza e Wendel) e outros quatro atacantes (Elias, Nílson, Douglas e, agora, Diego). “Seguimos trabalhando, pois não acreditamos nessa história de grupo fechado”, avisa Alex Brasil.
O Tricolor espera o fim dos estaduais para dar a sua cartada final na busca por peças pontuais. É certo que o zagueiro Amarildo (que está no Novo Hamburgo) e o volante Cambará (Bragantino) retornam. Mas outras surpresas devem surgir no fim de abril, quando o clube entra na reta final de preparação para o Campeonato Brasileiro. Já para a largada do Estadual, onde o Paraná Clube fará sete jogos em duas semanas, a base é a que aí está, representando o clube na Copa do Brasil.