O revés em Salvador, após a derrota – 2 a 0 para o Bahia-BA – joga ainda mais pressão sobre o elenco do Paraná Clube. A Série B só está começando, mas o atual grupo ainda em formação já carrega nos ombros o peso de uma sequência de insucessos.

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Afinal, o sofrido torcedor paranista viu seu clube sair de uma Libertadores direto para a Segundona. Pior do que isso: o Tricolor conviveu com o risco de novos descensos, para a Série C do Brasileiro e até para a 2.ª divisão do frágil futebol paranaense. Carga extra para Zetti e companhia para o jogo da próxima sexta-feira, frente à Ponte Preta-SP, no Durival Britto.

Mas, como encontrar equilíbrio com um grupo ainda indefinido? Esta é principal questão a ser equacionada pela nova comissão técnica, que agora terá alguns dias para trabalhar. Isso tudo, à espera de novas peças, prometidas para o início desta semana.

Antes do duelo com Bahia, Zetti, César e Nenê (seus auxiliares) tiveram apenas três sessões de treinos para tentar encaixar o time, que contava com mudança tática e quatro estreias. Deu no que deu. Sem entrosamento e com cinco mudanças, o Paraná foi presa fácil para o tricolor baiano.

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Pela forma como a transição entre o Estadual e o Brasileiro está ocorrendo, grupo, comissão técnica e dirigentes encararam a derrota com resignação. No fundo, ficou o sentimento de que poderia ter sido pior, muito pior. Ainda mais diante da expulsão da dupla de zaga. Marcelo ainda no 1.º tempo e depois Aderaldo.

Com dois a menos por mais de 20 minutos, o Paraná ao menos mostrou superação e contou com algumas intervenções precisas do goleiro Ney para não ser goleado. Na prática, ainda muito pouco para um clube que alimenta o sonho de retornar à primeira divisão nacional.

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Por mais que a competição esteja só começando, o Paraná precisa dar ao seu torcedor ao menos um fio de esperança. E com urgência, antes que o descrédito ganhe maior proporção.

“Estamos armando um time tardiamente, mas, independente disso, temos que somar pontos para não nos distanciarmos do pelotão de frente”, disse Zetti, visivelmente preocupado com a falta de opções não apenas para a defesa, mas também para o setor de criação.

Se a zaga não segurou a onda dos baianos, o meio-de-campo pouco criou e Wando e Alex Afonso viveram de raras jogadas individuais e alguns avanços dos alas.

Aliás, dentre os estreantes, destaque para Marcelo Toscano, que mostrou força e qualidade no apoio. A partir de hoje, Zetti começa a montagem do time, esperando contar com outras “caras novas” e também com Bebeto, que tenta na Justiça o fim do imbróglio que o prende ao Gama (seu clube de origem e que lhe deve direitos de imagem e FGTS).

Serão quatro dias para a comissão técnica “arrumar a casa” e tentar um resultado que minimamente possa dar esperanças de que a temporada não será marcada pelo sofrimento, como no ano passado.