O Paraná Clube inicia hoje, diante do Bahia-BA às 16h10, no Estádio Roberto Santos, mais uma via-crucis. O desafio é provar ser possível escrever certo por linhas tortas.

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Após um início de temporada melancólico, o Tricolor tenta uma guinada radical, trocando o comando técnico e reformulando o elenco às vésperas da principal competição da temporada. Depois de aperitivos indigestos, como o Paranaense e a Copa do Brasil, tenta se fartar diante do prato principal.

Apetite não falta ao novo grupo, mas ninguém esconde a preocupação com a previsível falta de entrosamento e até de conhecimento de um time que mal se conhece.

O próprio técnico não tem uma verdadeira noção do que tem em mãos para as primeiras rodadas. Zetti chegou na quarta-feira, foi apresentado e logo estava no campo.

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Não sem antes conversar com os remanescentes da comissão técnica, onde buscou informações básicas sobre o que restou do grupo tricolor.

Com quase uma dezena de dispensas e igual número de contratações, tenta armar um time minimamente competitivo. “Vai ser assim nas primeiras rodadas. Teremos que apostar muito mais na força, na superação”, admite Zetti. No entanto, mesmo diante desse quadro, o treinador promete um time organizado em campo.

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“Disso eu não abro mão. Quero a equipe bem postada, com disciplina tática.” Uma postura assim, na visão de Zetti, vai impor dificuldades ao adversário e permitir ao Paraná explorar eventuais erros do Bahia. “Há vários fatores, como o calor, a força de um time já montado. Mas, independente de qualquer coisa, temos que acreditar no nosso potencial”, emendou o novo comandante paranista.

Parte desse “potencial” citado por Zetti vem dos reforços que já chegaram e estreiam hoje. Casos de Marcelo Toscano, Aderaldo, João Paulo e Alex Afonso. Todos foram confirmados no time, mesmo tendo realizado apenas duas sessões de treinamentos sob a direção de Zetti.

“Não importa se a gente não se conhece direito. O entrosamento vem com o tempo, mas com diálogo (e alguns gritos) é possível encarar essas primeiras rodadas”, disse o experiente Aderaldo. O jogador admite que a forma física está longe de ser a ideal, mas para ele isso também não serve como justificativa.

“Fiquei dois meses parado e estou trabalhando há dez dias. Mas me considero pronto pra jogar”, afirmou Aderaldo. Alex Afonso e Marcelo Toscano não estavam parados há tanto tempo.

Estiveram em campo até a última rodada do Campeonato Paulista (disputada no dia 5 de abril), defendendo Ituano e Paulista, respectivamente. “O mais difícil é conseguir aquela sintonia de grupo. Mas isso virá com o tempo, pois o Paraná está se arrumando e trazendo jogadores de qualidade para voltar à primeira divisão. Estou feliz por fazer parte desse projeto”, arrematou o centroavante Alex Afonso.