Na teoria, o Paraná Clube apenas cumpre tabela nesta reta final da Série B. Porém, os cinco jogos que restam são também a chance derradeira para alguns jogadores tentarem um contrato para a próxima temporada.

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O técnico Roberto Cavalo busca novos fatores para manter o grupo focado nessas partidas, onde o Tricolor tenta ao menos se segurar na metade de cima da tabela. Sem contar com todo o grupo, o treinador deverá confirmar a presença de Rai na cabeça-de-área.

O jogador, que chegou à Vila Capanema em meados de julho (pouco antes da 12.ª rodada) fará apenas a terceira partida como titular. “Quem sabe, não ganho uma chance de disputar esses cinco jogos? Espero fazer o meu melhor para deixar uma boa impressão”, disse o jogador de 24 anos, que precisou conviver com uma disputa intensa na sua posição.

“Sabia que isso ia ocorrer, pois o Adoniran e o João Paulo vinham muito bem. Depois, o Luiz Henrique Camargo também fez grandes partidas. Ficou difícil”, admitiu.

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Rai veio para o Paraná emprestado pela Portuguesa. “Não faltou empenho. Mas, no futebol, existe o momento do jogador e também as preferências dos técnicos”, lembrou Rai, que com Sérgio Soares e Roberto Cavalo sempre foi uma presença quase certa no banco de reservas.

Ao longo das 21 rodadas em que esteve à disposição da comissão técnica, foi relacionado 17 vezes, sendo que em sete oportunidades foi utilizado no segundo tempo dos jogos. Rai só foi titular na derrota para o Duque de Caxias (2×1) e no empate com a Ponte Preta (3×3).

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“Acho que tive alguns bons momentos. Outros nem tão bons assim”, analisou Rai, que nunca teve a chance de atuar numa sequência de jogos. Cria da Portuguesa, o volante arriscou os primeiros chutes na escolinha de futsal dirigida por sua mãe, na Lapa-SP. “Lá eu era sempre titular. Ela acha que sou o melhor do mundo. Mas é coisa de mãe”, brinca o jogador, que arriscou a sorte vindo para o Tricolor, tentando ampliar horizontes. “Estava há algum tempo na Lusa e você acaba sendo apenas mais um. Se tiver uma sequência de jogos nesta reta final, espero mostrar meu futebol”.

Para Rai, o bom é começar e terminar a competição entre os titulares. Mas o volante sabe, também, que no futebol a última imagem é a que normalmente fica.

“É uma pena que não podemos mais brigar pelo G4. Então, temos que fazer o melhor para deixar o Paraná numa boa colocação. No final, poucos vão lembrar dos momentos difíceis que vivemos lá atrás, com a pressão do rebaixamento”, arrematou o jogador, que se não permanecer na Vila Capanema terá que se reapresentar no Canindé. Seu contrato com a Portuguesa vai até junho de 2011.