Ano novo, time novo. Refém da falta de recursos e relegado ao segundo escalão do futebol brasileiro, o Paraná Clube tem adotado o velho ditado popular e a cada mês de janeiro o torcedor se depara com uma série de “caras novas”, muitos desconhecidos em busca de projeção no cenário nacional.
Desta vez, ao contrário das últimas temporadas, a mudança atinge também a comissão técnica, agora sob o comando de Marcelo Oliveira. Em 2008, mesmo rebaixado, Saulo de Freitas seguiu no cargo. No ano passado, Paulo Comelli salvou o Tricolor da queda para a Série C e também foi mantido.
Nas duas situações, a sequência não surtiu o efeito desejado. Saulo “caiu” logo no início de fevereiro e Comelli não passou de março, expondo o Paraná à roda viva da mudança de comando. Um quadro que contribuiu para que a diretoria não apostasse em Roberto Cavalo, apesar dos números positivos no returno da Segundona.
Ele procurou se cercar de pessoas conhecidas e por isso foi atrás de Cleocir Santos.
Tico fora auxiliar técnico do Paraná no início dos anos 90 e retorna quinze anos depois na mesma função, agora ao lado de Marcelo Oliveira.
Ambos formaram “dobradinha” recentemente no Ipatinga e se conhecem desde os tempos de Atlético-MG.
De Belo Horizonte, aliás, podem vir mais uma série de reforços para a disputa do Paranaense.
O próprio Oliveira negocia parceria com o Galo, que poderá ceder cerca de cinco jogadores ao Tricolor.
Enquanto essa situação não é definida, o Paraná inicia a pré-temporada nesta segunda-feira com seis novos contratados e uma série de remanescentes da temporada 2009.
Se não obteve êxito na manutenção de Zé Carlos, Davi e Rafinha, ao menos a diretoria segurou alguns jogadores que podem fazer essa transição ser menos traumática.
São os casos do zagueiro Luís Henrique, dos volantes João Paulo e Luiz Henrique Camargo e do atacante Marcelo Toscano.
Em relação aos dois últimos, uma novidade: o clube adquiriu os direitos federativos dos jogadores, que assinaram contratos mais longos, de três anos e meio com o Paraná.
Os reforços contratados até aqui são o goleiro Juninho, os zagueiros Irineu e Diego Correia, o ala Jefferson, o meia Márcio Diogo e o atacante Douglas.
Com o fim do recesso, a diretoria também deverá equacionar outras pendências, como a do ala Guaru, do Coritiba.
O jogador seria a primeira opção para a lateral-esquerda, uma posição onde o Tricolor mostra deficiência após as saídas de Fabinho e Márcio Goiano.
Também deverá ser definida a questão do volante Emanuel, que chegou a realizar os exames clínicos, mas ainda não assinou contrato.
A princípio, Marcelo Oliveira deverá contar com cerca de dezoito atletas, apenas, para iniciar os preparativos para a largada do Estadual, no dia 17, frente ao Rio Branco, na Vila.