Paraná Clube goleia o Grêmio Maringá

A volta à Vila Capanema deu novo astral ao até então combalido Paraná Clube. Em situação delicada no campeonato paranaense – ameaçado pelo torneio da morte e sob o risco de rebaixamento – o Tricolor soube transformar o “retorno ao lar” em um fator decisivo para espantar a crise que se instalara no clube. Mais de 3.500 paranistas acompanharam de perto a goleada (6×1) sobre o Grêmio Maringá.

O público pode não ser expressivo, mas supera em muito o borderô dos recentes jogos da equipe no Pinheirão. Há um aspecto que não pode ser deixado de lado. No sábado, o ingresso de arquibancada custou somente R$ 5,00, metade do que se cobrava nos jogos disputados no estádio da Federação Paranaense de Futebol. Já no último Brasileirão, o clube vinha utilizando a tabela de R$ 15,00 por um ingresso de arquibancada.

Foram quase dois anos atuando exclusivamente no Pinheirão. Conselheiros se mobilizam no sentido de fazer com que o Tricolor passe a jogar com mais freqüência no Durival Britto. Durante a semana, haverá reunião para a criação de uma comissão para a reestruturação de Vila Capanema. O objetivo é adequar o estádio ao novo Estatuto do Torcedor e às normas dos campeonatos paranaense e brasileiro. As obras, desde que aprovadas, seriam executadas independente do litígio entre Paraná e Rede Ferroviária.

“Queremos fazer ajustes no estádio. Não vejo por que não utilizarmos o Durival Britto em jogos de menor porte do Brasileiro, como frente a Juventude, Vitória, Criciúma e outros adversários sem grande apelo popular”, comentou o vice-presidente do conselho deliberativo do clube, Luís Antônio Gusso. Durante o jogo de sábado, os torcedores se manifestaram favoráveis a essa idéia, com gritos contra a utilização do Pinheirão.

No ano passado, com um time competitivo, o Paraná teve o melhor aproveitamento de sua história num brasileiro jogando no estádio da FPF. Só que devido às obras de ampliação do Pinheirão – que sediou o jogo da seleção brasileira frente ao Uruguai, pelas eliminatórias da Copa – em momentos decisivos o clube ficou sem ter onde jogar. “Isso é outro ponto que pesa. Temos dois estádios e ao menos um deles deve estar apto a receber jogos de um campeonato brasileiro”, disse.

Para Gusso, o contrato entre Paraná e federação não será obstáculo para a reativação da Vila. “Vamos jogar algumas vezes no Pinheirão. O contrato que temos não nos obriga a jogar sempre no estádio da FPF”, explicou. Entre os jogadores, a Vila também foi aprovada. “Vou ser sincero: não sei por que o Paraná saiu daqui. É onde treinamos, onde nos sentimos em casa. Com a torcida mais próxima o astral do jogo é outro e o resultado foi essa bela atuação”, disse o experiente zageiro Gelson Baresi. O Tricolor joga na Vila Capanema os dois jogos que ainda disputa em casa pelo torneio da morte, contra Nacional de Rolândia e Prudentópolis.

A diretoria aguarda agora a definição quanto ao local do jogo do próximo fim de semana, contra o Prudentópolis. O time do interior perdeu dois mandos de campo e terá que indicar outro local para a realização da partida. (IC)

Fácil demais. E o Galo…

A Vila Capanema realmente fez bem ao Paraná Clube. Após quase dois anos utilizando exclusivamente o Pinheirão, a volta do time ao antigo estádio foi em grande estilo. No sábado, pela segunda rodada do torneio da morte do campeonato paranaense, o Tricolor goleou o Grêmio Maringá por 6 a 1 e espantou momentaneamente o fantasma do rebaixamento para a segunda divisão.

Logo a um minuto, Athos abriu o placar. O atacante recebeu um toque de Jadílson dentro da área e tocou para as redes. O Maringá, ainda perturbado pelo gol no início do jogo, mostrava nervosismo dentro de campo. Sinal disso foi a expulsão aos 10 minutos do lateral Clodoaldo, que discordou de uma marcação do árbitro. Com um homem a menos, a situação ficou ainda mais complicada para o time do interior. O Paraná aproveitou o momento de desconcentração para ampliar a vantagem. Pela segunda vez, Athos marcou aos 15 minutos. Em uma cobrança de falta, o atacante chutou rasteiro, a bola desviou na barreira e enganou o goleiro.

E Jean Carlo quase ampliou aos 20 minutos?. Ele recebeu a bola na entrada da área e tentou encobrir Fernando, passando perto do travessão.

Mas o meia teve outra chance logo em seguida. Aproveitou o cruzamento da esquerda de João Vítor, e tocou para marcar o terceiro gol da partida aos 21 minutos. O quarto gol do Paraná não demorou. Alexandre passou por três jogadores e tocou para Fábio Oliveira. O atacante ajeitou a bola e marcou o primeiro dele no jogo aos 29.

No segundo tempo, esboçando uma reação, o time alvinegro trabalhava a bola até penetrar na defesa paranista. O esquema deu efeito. Em um cruzamento na área, Dinei caiu e o árbitro marcou penalidade de Erivélton. Na cobrança, Dinei diminuiu a vantagem do Paraná aos 10 minutos. Flávio teve mais trabalho logo depois. Ígor recebeu na área e chutou cruzado. O goleiro tricolor conseguiu se esticar e acabar com o perigo. Em nova investida maringaense aos 23 minutos, outra defesa importante de Flávio. Émerson passou pela zaga, invadiu a área e chutou em cima do arqueirro do Paraná.

Mas a reação do Grêmio ficou por aí. Nas duas próximas criações do ataque tricolor, os gols finalizaram a goleada. Primeiro com Fábio Oliveira. O atacante marcou o quinto gol aos 24 minutos, depois de aproveitar um cruzamento de Athos. O segundo aconteceu aos 41. William aproveitou a sobra de uma defesa do goleiro Fernando e finalizou.

Confirmado. Zetti é o técnico para o brasileiro

Conforme a Tribuna antecipou, Zetti é mesmo o treinador que a diretoria do Paraná Clube terá para comandar a equipe no campeonato brasileiro de 2004. Uma fonte da Tribuna garante que, na última sexta-feira, o técnico do Paulista almoçou com o vice-presidente Durval Ribeiro, o Vavá, em São Paulo. Por conta disso, ficou acertado que Zetti continuará comandando o Paulista até o final do campeonato (ele joga no meio da semana e folga no final) e só então será apresentado na Vila Capanema.

Armelino Donizetti Quagliato, o Zetti, é natural de Porto Feliz, São Paulo, mas iniciou a carreira no Toledo, em 1983 e jogou no Londrina, em 1985. Sob as metas, Zetti passou ainda por Palmeiras, São Paulo e Santos. Pelo tricolor, conquistou dois títulos mundiais interclubes.

A reação do Paraná Clube no torneio da morte, com a goleada por 6 a 1 sobre o Grêmio Maringá, deixa a diretoria mais tranquila para que o novo treinador chegue mesmo só para o Brasileirão. Isso se encaixa perfeitamente nas pretensões de Zetti. Apesar de ter sofrido uma estrondosa goleada (5 a 1) do São Caetano, ontem à tarde, o time comandado por Zetti segue bem no Paulistão e tem boas chances de chegar à fase decisiva da competição. Em função da boa campanha, o treinador já deixou claro que gostaria muito de terminar a competição no comando do time. Com 39 anos, Zetti chegou ao Paulista no ano passado e vem fazendo um importante trabalho na revelação de jogadores. Entretanto, ele não esconde que seria muito interessante comandar uma equipe de primeira divisão no campeonato brasileiro. E como o Paraná já ganhou fama de ser o trampolim de treinadores para times de grande expressão nacional – vide Geninho, Bonamigo e Cuca – , o casamento tem tudo para ser concretizado.

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