Paraná Clube ganha uma semana de descanso

Garantido em mais uma final de campeonato paranaense, o Paraná Clube terá uma semana para descansar, treinar e torcer na Copa Libertadores da América. Entre hoje e quinta-feira será definido o adversário do Tricolor nas oitavas-de-final da competição continental. Seis dias sem entrar em campo, aliás, é fato inédito na atual temporada. A rotina do clube tem sido um jogo a cada três dias. No último domingo, Zetti completou 30 jogos em apenas 99 dias.

O Paraná disputou 31 jogos oficiais entre Paranaense e Libertadores, sendo que em um deles – curiosamente frente ao Paranavaí, adversário do clube nas finai\s -, o comando foi do auxiliar técnico Silas.

?Não completamos um terço da temporada e o jogador já não agüenta mais a nossa cara?, brincou o preparador físico Fernando Moreno. Esse bom humor, aliado a um trabalho criteriosamente planejado, formam uma combinação que explica a seqüência de resultados positivos nas duas competições.

?Só tenho que elogiar esse grupo. Uma verdadeira família?, disse Zetti logo após a histórica vitória sobre o Atlético, na Baixada.

O treinador tem um rendimento total de 62,37% na temporada e conquistou no último fim de semana sua primeira vitória em clássicos não apenas no Paranaense, mas em sua carreira. Antes de comandar o Paraná, o técnico havia encarado um ?derby? em Campinas, à frente do Guarani (2004), e perdeu para a Ponte Preta. No Bahia, em 2005, também disputou um Ba-Vi, que terminou sem gols.

O Tricolor é apenas o sétimo clube de Zetti como treinador e seu melhor desempenho, em números absolutos.

A classificação para a final foi, na sua visão, apenas mais um obstáculo. O objetivo maior ainda não foi alcançado. Por isso, a semana sem a pressão de um jogo será compensada com muito treinamento. No primeiro jogo frente ao Paranavaí, o Tricolor não terá quatro titulares. Daniel Marques, Neguete e Beto, suspensos, e Vinícius Pacheco, lesionado, não participam do primeiro jogo contra o ACP, na briga pelo bicampeonato estadual. Em compensação, a comissão técnica poderá escalar Gérson, que volta ao time após cumprir suspensão.

Geração sem tabu

O Paraná Clube já tem um ?talismã? para jogos na Baixada. O garoto Alex não só foi o destaque do time na vitória sobre o Atlético (3×1), como ostenta 100% de aproveitamento em partidas realizadas na casa do rival. ?Foi apenas meu segundo jogo aqui. E vencemos os dois?, lembra o jogador,

que no ano passado estava na equipe de juniores que conquistou a Copa Tribuna com uma vitória (2×1), diante do rubro-negro, também no Joaquim Américo.

O Tricolor, aliás, vai formando uma geração livre do ?tabu? de onze anos de ?tormento? na casa do adversário. Desde março de 1996 (ainda no antigo Joaquim Américo), o Paraná não sabia o que era vencer o Atlético em seu território. Uma marca que começou a se dissipar no ano passado, mas com o time júnior, e que agora caiu de vez com a vitória que colocou o azul, vermelho e branco em mais uma final de Campeonato Paranaense.

Além de Alex, atuou nas duas vitórias paranistas o garoto Xaves. Isso sem contar o meia Éverton, o goleiro Gabriel e o atacante Jeff. Exemplos de um novo momento na história do clube, de maior solidez e planejamento. ?Acho que vencemos este clássico pela força do grupo. Pela união deste elenco?, disse Alex.

Aos 21 anos, o lateral iniciou a temporada como titular, mas acabou perdendo espaço para André Luiz. Mesmo assim, foi mantido no grupo como um curinga, atuando algumas vezes no meio-de-campo.

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