Em 2001, a última vez que a TIM patrocinou o futebol paranaense, o Trio de Ferro foi totalmente contemplado. Catorze anos depois, o Paraná Clube acabou sendo deixado de lado e apenas a dupla Atletiba acertou com a empresa de telefonia celular.
A decisão da operadora pegou de surpresa o próprio Tricolor. Segundo o diretor de marketing do clube, Fabrício Stedile, no ano passado o Paraná havia entrado em contato com a TIM com uma proposta até inferior em relação aos rivais e não soube explicar o porque de ter ficado de fora da campanha.
“A gente viu com muita estranheza essa notícia. O futebol paranaense envolve os três grandes da capital e não entendo a razão do posicionamento da TIM. Mandamos a proposta na mesma época do Coritiba e do Atlético, desde o ano passado nos colocamos à disposição da TIM, num formato de patrocínio até mais humilde e realmente não tem motivos para não patrocinar, mas foi uma decisão deles. Assim eles acabam perdendo a ação do brilho. É até uma coisa estranha. Falei com o responsável da TIM hoje e ele não soube me dar uma explicação”, afirmou ele.
De acordo com Carlos Lopes, diretor da TIM no Paraná, a estratégia da empresa adotada agora é diferente em relação à 2001, mas deixou as portas abertas para que futuramente outros clubes sejam procurados. “São estratégias diferentes. Em 2001 a Tim era um patrocinador, mas agora serão uma série de ações envolvendo os clubes e torcedores. A ideia é fazer um excelente trabalho com as duas torcidas, fortalecer o futebol dos dois e depois expandir para outros clubes”, explicou.
Por outro lado, se depender de Atlético e Coritiba, o Tricolor em breve fará parte de um projeto que unirá todo o Trio de Ferro. “Estamos com várias reuniões com o Coritiba, preparando uma série de ações para melhorar os sócios, conseguir novos patrocinadores e não vejo porque não trazer o Paraná para isso. Antes precisávamos trazer o Coritiba. Agora que está bem alinhado queremos convidar o Paraná. É importante ter as três forças do Estado juntas”, disse ontem o diretor de marketing do Furacão, Mauro Holzmann,
Para Stedile, a ideia, caso se confirme, seria importante para o Estado e tem o apoio paranista. “Acho fantástico. Nós temos que nos fortalecer e vejo com excelentes olhos. Não recebi nenhuma ligação, mas estou à disposição e quero conversar com eles. Até para fazer do futebol do Estado algo muito forte”, completou.
