O Paraná Clube fechou a 7.ª rodada com um desempenho apenas razoável. Os 52,38% não são suficientes para projetar um acesso e iguala a marca obtida no ano passado: 11 pontos, em igual período. Desde a queda, em 2007, o Tricolor atingiu a melhor marca em 2010, quando totalizou 15 pontos nas sete primeiras rodadas, chegando à liderança da Série B.
Se os números atuais não chegam a ser animadores, a postura do time em campo reforça as esperanças do torcedor, que continua alimentando o sonho de retorno à elite do futebol brasileiro. “O time está muito coeso. Temos que corrigir alguns detalhes para conseguirmos chegar no G4 e não mais sair”, disse o volante Édson Sitta. Na prática, apesar dos dois gols sofridos em Belo Horizonte, o Paraná tem no seu desempenho defensivo o ponto alto do time. A defesa, agora com cinco gols contra, é a terceira melhor da Segundona, atrás de Palmeiras (3) e São Caetano (4). Além da eficiência da zaga, os jogadores creditam os números à participação coletiva no bloqueio aos adversários.
Édson Sitta e Ricardo Conceição, hoje, formam uma dupla de volantes entrosada e precisa tanto na marcação quanto no apoio. Foi essa versatilidade que fez de ambos titulares absolutos do time de Dado Cavalcanti. “Temos características parecidas. Com isso, a gente sempre está se revezando e, quando um vai, o outro fica. Assim, temos conseguido dar a proteção ideal à nossa zaga”, comentou Sitta.
Na rodada passada, essa participação ofensiva dos volantes foi ainda mais destacada. Ricardo Conceição fez um gol e Sitta chegou algumas vezes em condições de marcar. “É um ponto que a gente trabalha muito e a participação dos volantes também no ataque é cada vez mais uma necessidade”, frisou.
Há algumas semanas, ele chegou a brincar com essa questão, afirmando que já tinha acertado chutes para longe, na trave e que o gol estava próximo. Em BH, ele acertou a pontaria e fez o segundo gol do Tricolor, no empate por 2 x 2. “Poderia ter sido melhor, pelo nosso volume de jogo. Mas novamente a gente deu poucos espaços para o adversário, sinal de que a equipe está bem treinada e bem encaixada”, concluiu.