Entre o céu e o inferno, o Paraná Clube faz às 15h30, na Vila Capanema, mais um jogo de risco em sua árdua caminhada neste Campeonato Paranaense. Campeoníssimo nos anos 90, o Tricolor não conseguiu sair, em momento algum, da rabeira da competição de 2011.
Resultado de um duvidoso “planejamento”, que impunha cortes profundos no orçamento do departamento de futebol. Frente ao Arapongas, jogadores e comissão técnica tentam deixar para trás os erros do passado e, com raça e união, buscar o único resultado capaz de manter o clube vivo na luta contra a degola: a vitória.
O Paraná precisa de seu 6.º triunfo no Estadual para levar a definição sobre o descenso para a última rodada, quando irá encarar o já rebaixado Cascavel, fora de casa.
“Temos um retrospecto muito bom na Vila Capanema, contra equipes do interior. Vamos impor o nosso futebol e pressionar o adversário desde o início do jogo”, avisa o técnico Ricardo Pinto.
O treinador optou por não antecipar a escalação e ontem fechou os portões para um “treino secreto”. É a tradicional “guerra fria” em momento decisivos como este, onde qualquer detalhe pesa.
Se prevalecer aquilo que foi trabalhado durante a semana, o Tricolor entra em campo com uma modificação substancial em seu ataque. Com a troca de Renato por Taianan, o jogador mais avançado do time volta a ser Léo.
Foi jogando dessa forma que o atacante balançou as redes cinco vezes e transformou-se no principal artilheiro do clube no ano. “Na última partida, mesmo não sendo o atacante de referência, perdi duas ótimas oportunidades. Independente[mente] de posicionamento, temos que fazer gols e garantir essa vitória”, comenta o atacante.
Com Léo avançado, caberia a Packer e Diego – jogando pelos flancos – municiá-lo. Além disso, o Paraná teria em Taianan e Luiz Camargo dois meias com dupla função: marcar, mas sair para o jogo.
Assim, Anderson, que reaparece como titular após quatro jogos ausente por conta de uma lesão, seria o único volante do time. A ideia de Ricardo Pinto é assegurar uma maior ocupação dos espaços do meio-campo, ciente das qualidades do adversário.
“É um jogo em que não podemos vacilar. Jogamos pelo clube e pela torcida. Temos que fazer um grande jogo e garantir esse resultado que nos manterá vivos na competição”, analisa Taianan.