Vandinho vai, Vandinho vem. O Paraná Clube segue ajustando seu elenco e promove uma ?troca? entre homônimos em seu setor ofensivo. A intenção da diretoria e ainda hoje, apresentar o meia-atacante Vandinho, 26 anos, um dos destaques do Noroeste no último Paulistão. Antigo ?sonho de consumo? do diretor de futebol Durval Lara Ribeiro, o jogador tinha uma conversa agendada para ontem à noite. O único impasse estava no valor dos direitos federativos do atleta, que é paranaense e iniciou sua carreira no União Bandeirante.
O possível acerto com o atacante ocorreria um dia depois da transferência do ?outro? Vandinho para o futebol catarinense. Após se destacar no Guaratinguetá, onde conquistou o título de campeão do interior, o garoto, revelado nas categorias de base do Paraná, vai vestir a camisa do Avaí. Uma transação por empréstimo e facilitada diante da parceria da L.A. Sports com o time de Florianópolis. Já estão no Avaí outros dois ex-jogadores do Tricolor, os volantes Felipe Alves e Batista, além de Neguinho, que deixou o comando técnico da equipe júnior para ser o auxiliar-técnico de Zé Teodoro.
?Entendemos que ele precisa jogar e como o Paraná está contratando outro atacante, essa transferência é boa para todos?, disse o sócio-proprietário da L.A., Luiz Alberto Martins de Oliveira Filho. Essa contratação a que se refere o empresário é a de Vandinho, artilheiro do Noroeste no Paulista, com oito gols. No final na temporada passada, Vandinho chegou perto de assinar contrato com o Paraná, mas não houve acerto financeiro e o Noroeste adquiriu seus direitos federativos. Agora, através do Fundo de Investimentos, o Paraná estaria ?comprando? o atleta.
Vanderlei Bernardo Oliveira iniciou a carreira em 1995, no União Bandeirante. No ano passado, disputou a Série B pelo Vila Nova, de Goiás, onde marcou nove gols. O jogador também passou por Ponte Preta, Paulista, Mogi Mirim e Londrina, esteve no futebol da Arábia Saudita e defendeu o Vasco da Gama na Copa do Brasil e no torneio Rio-São Paulo em 1999. Com a conclusão dessa negociação, o Paraná encerraria o ciclo de contratações (antes, já trouxera o volante Adriano e o zagueiro Luís Henrique).
A preocupação, a partir desse momento, será com a redução do atual elenco, que passa a contar com 36 jogadores, incluindo atletas da base que estão sendo utilizados por Zetti. Há, por exemplo, excesso de laterais-direitos, zagueiros e volantes. O objetivo do clube é fechar o grupo com 28 profissionais. ?Estamos tentando emprestar alguns jogadores para clubes das séries B e C?, disse o vice de futebol José Domingos, sem citar nomes ou definir uma lista de dispensas.
Josiel quer manter regularidade no Brasileirão
Depois de amargar dois períodos de jejum ao longo do Paranaense e da Libertadores, o atacante Josiel iniciou o Brasileirão balançando as redes. Fez dois gols, bem à sua característica. Não fez nenhum golaço, mas deixou sua marca na goleada sobre o Grêmio (3×0), no último domingo. Nesse ?mini-campeonato gaúcho?, o obstáculo agora é o Juventude, que, após a perda do título estadual e a saída de Ivo Wortmann, vive uma crise interna. Josiel já jogou no time de Caxias do Sul, nutre um carinho pelo clube, mas está pronto para ser o carrasco do Juventude no jogo de sábado, no Alfredo Jaconi.
Paraná-Online: Depois dos gols na estréia, qual é o seu objetivo pessoal nesse Brasileiro?
Josiel: O mais importante é ajudar o Paraná. Mas quero no mínimo fechar o ano com uma média de 0,5 gol por jogo. Não será fácil participar dos 38 jogos, pois trata-se de uma competição longa e desgastante. Mas quero fechar o ano com essa marca.
Paraná-Online: Qual é a avaliação que você faz do seu futebol desde a sua chegada ao Paraná?
Josiel: Minha característica é fazer gols. Habilidade e jogadas de efeito não são o meu forte. Por isso procuro estar sempre na área, bem colocado e com muita força. Acho que venho fazendo bons jogos, marcando gols.
Paraná-Online: E a alteração tática? Você também teve que se adaptar?
Josiel: Meu posicionamento é quase o mesmo, enfiado entre os zagueiros adversários, ajeitando a jogada para quem vem de trás. No 3-5-2, o time ficou mais agrupado e com jogadas de linha de fundo, com os laterais chegando. Isso faz com que a bola chegue com maior freqüência na área adversária.
Paraná-Online: E como é encarar um ex-clube?
Josiel: Eu saí de lá pela porta da frente. Não ficou nenhuma mágoa e sou grato a tudo que o Juventude proporcionou na minha carreira. Mas vou para lá defender as cores do Paraná. Quero fazer o meu melhor e ajudar a derrubar esse tabu, pois me disseram que lá em Caxias há tempos o Paraná não vence.
Paraná-Online: Há um duelo à parte. Amauri Knevitz assumiu o Juventude e conhece muito bem o Paraná…
Josiel: Ele tem esse fator a favor, pois sabe como jogamos. Mas ele não vai conhecer muito bem o grupo do Juventude e de repente a gente tira proveito desse momento de transição do adversário para surpreender e arrancar uma vitória lá.