O desempenho geral ainda está aquém do esperado pela comissão técnica, mas a campanha do Paraná Clube, como mandante, é excepcional. A Vila Capanema se transformou no grande aliado do time de Marcelo Oliveira na sua caminhada rumo à primeira divisão nacional.
Eficiência – 88,89% – que será colocada à prova amanhã, contra o Coritiba. O Tricolor encara o clássico como uma decisão e a meta é desbancar mais um líder da Série B.
Uma vitória amanhã – às 16h10, no Durival Britto – pode valer ao Paraná novo ingresso no G-4. Só que para tanto, além de vencer o rival, é preciso torcer por um deslize (um empate serve) do Figueirense frente ao Icasa, em Florianópolis.
“O importante é fazer a nossa parte e seguir bem perto dos primeiros colocados”, analisa o técnico Marcelo Oliveira. “Se pudermos estar entre os quatro primeiros, melhor”, completa. Até aqui, nesta Segundona, o Tricolor só vacilou, em casa, frente ao Guaratinguetá (empate por 1×1).
Na Vila, foram 14 gols marcados e apenas dois sofridos. Números contundentes e que o Paraná espera manter neste clássico. “Aqui, temos que impor o ritmo. O time tem uma estratégia bem definida e o torcedor está jogando com a gente”, lembrou o ala Jefferson, uma das surpresas do último jogo.
A manutenção da boa fase como mandante pode colocar esse grupo mais perto da sua maior invencibilidade no Durival Britto: 18 jogos, em 1992. O time atual já completou 16 partidas sem derrota.
Em se tratando de confrontos com o Coritiba, o histórico é também positivo. Desde 1990, quando os clubes se enfrentaram pela primeira vez, houve dez Paratibas na Vila Capanema.
O Tricolor venceu cinco e perdeu três, com mais dois empates registrados. A maioria desses jogos foram pelo Campeonato Paranaense, mas os maiores triunfos do Paraná ocorreram em torneios regionais, com direito à uma goleada inesquecível (6×1), pela Copa Sul-Minas de 2002.
Amanhã, pela primeira vez Paraná e Coritiba estarão frente a frente em jogo da Série B, jogando no Durival Britto. Todos as seis partidas que ocorreram em 1991 (4) e 1992 (2), pela segunda divisão do Brasileiro, foram disputadas no Couto Pereira, mesmo aqueles de mando do Tricolor.
“Acredito num jogo muito bom. O Coritiba vem bem e nós reencontramos o nosso melhor futebol. E, para ajudar, parece que o frio está dando uma trégua”, comemora o ala Gilson, visivemente incomodado com as baixas temperaturas desta semana tipicamente curitibana.