De mãos atadas, o Paraná Clube espera a definição de seus parceiros comerciais antes de acertar possíveis reforços para 2005. Não por falta de opções. Diariamente, uma série de jogadores são oferecidos à diretoria. "Mas, como podemos fechar negócio se não temos certeza de quem fica e quem sai?". A indagação do vice de futebol José Domingos só exemplifica a encruzilhada em que se encontra o Tricolor.
Mesmo diante deste quadro, o clube busca alternativas para pelo menos duas posições. A lateral-direita e o comando do ataque são as prioridades. Isso porque a situação de Etto não evoluiu nos últimos dias. O Criciúma diz que há propostas do exterior – possivelmente da Rússia – e um reempréstimo é pouco provável. Uma solução seria a compra dos direitos federativos do atleta.
O Paraná não possui dinheiro para este investimento, mas o empresário Sérgio Malucelli não descarta essa possibilidade por se tratar de um jogador jovem (23 anos) e que fez um bom Brasileiro. Uma solução "caseira" para a posição seria a volta de Cláudio, hoje no Iraty. Mesmo tendo retorno indicado por Paulo Campos, há uma divergência de opiniões. Cláudio foi dispensado do Tricolor por não ter se firmado no time e recentemente não fez um bom jogo em amistoso frente à equipe de juniores do Paraná, em Ponta Grossa.
Para o ataque, o clube pode apostar em Paulinho, do XV de Piracicaba. O jogador foi indicado por Paulo Campos, que recomendou também as contratações de Neto (meia), Célio (volante), Juliano (zagueiro) e Chu (meia). Os dois últimos já acertaram bases contratuais e se apresentam no dia 5, junto com o restante do elenco. "À exceção desses casos, fica muito difícil fazer qualquer projeção. Não adianta procurar um meia, por exemplo, se não temos a certeza de que Cristian e Canindé serão negociados", justificou Domingos.
É pouco provável, porém, que Cristian continue no Paraná, mesmo tendo contrato em vigência até junho de 2006. O meia terminou o ano como o jogador mais valorizado do elenco. A cada dia um novo clube surge interessado na sua contratação. Depois de São Paulo e Palmeiras, agora é o Cruzeiro que entra na "disputa", por indicação do técnico Levir Culpi.
Os empresários Odário Durães e Sérgio Malucelli – que detêm 70% dos direitos federativos do jogador – buscam uma transação definitiva e não falam em emprestá-lo. Cristian já deixou claro que não pretende ir para o exterior no momento, pois quer aproveitar a boa fase para fixar seu nome no cenário nacional. "Penso em seleção, sim. E, se vou para o leste europeu ou para a Coréia, acabo caindo no esquecimento", disse o jogador.