O Paraná Clube entra em campo na próxima sexta-feira -às 21h, no Durival Britto -disposto a não perder o embalo. A crise que rondava o clube se dissipou após as vitórias sobre Ipatinga e Guarani.

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Agora, o desafio é a manutenção da regularidade contra equipes que há algum tempo ocupam a zona do rebaixamento. O primeiro desafio será contra o São Caetano, que apesar da colocação ruim (17.º lugar), também vive momento de ascensão, com uma invencibilidade de quatro jogos.

“Todo cuidado é pouco. Temos que manter a mesma pegada das últimas partidas, impondo o nosso ritmo”, disse o zagueiro Gabriel, um dos destaques do Tricolor nessa reação comandada pelo técnico Sérgio Soares.

O treinador, muito elogiado pelos atletas, “bancou” a mudança tática e foi com um 3-5-2 que o Paraná conseguiu dar um bico na má fase. Soares, assim que chegou, confirmou a preferência pelo 4-4-2, mas bastaram alguns treinos – e a desastrada atuação em Goiânia (derrota por 5×0 para o Atlético-GO) – para tudo mudar.

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“Temos jogadores talhados para esse sistema”, admitiu o técnico, numa referência direta aos alas Murilo e Fabinho. Mesmo tendo que abrir mão de um meia de criação, o Paraná se tornou mais ofensivo.

Prova disso ocorreu no lance que originou o gol da vitória sobre o Guarani. No cruzamento de Fabinho, a equipe contava com quatro jogadores na área adversária e Alex Afonso deu o toque final que pôs fim a invencibilidade do Guarani e impulsionou a arrancada do “novo” Tricolor.

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“Houve uma mudança também de atitude. Acho que além da chegada do treinador, da mudança tática, nós começamos a nos cobrar mais. Com isso, o time melhorou”, comentou o lateral Murilo.

Uma mudança de perfil que os jogadores esperam ver refletida nas arquibancadas. “Precisamos muito desse apoio. É muito melhor jogar com o estádio cheio e com essa corrente positiva a gente pode buscar uma posição de destaque nesta Série B”, frisou o ala paranista, que prefere tratar apenas superficialmente os boatos sobre uma possível transferência para o Grêmio.

Público

Os jogadores querem apoio e a diretoria retorno financeiro. Nesta Série B, em cinco jogos disputados em casa, a média do Paraná é inferior a cinco mil pagantes por jogo (4.455).

“A maioria dos times que obtiveram sucesso na Segundona contou com esse apoio. É muito melhor trabalhar quando a gente vê que o torcedor acredita no grupo”, ressaltou Sérgio Soares, logo na sua chegada ao novo clube. Na sexta, após duas vitórias seguidas – e com atuações convincentes – ele vai ter a possibilidade de medir o grau desse envolvimento.