O Paraná Clube entra em campo às 18h30, no Germano Kruger, com uma única missão em mente: vencer o Operário e sair, mesmo que momentaneamente, da zona de rebaixamento. O time, nesta reta final do Paranaense, tenta salvar a dignidade de um clube que surgiu campeão, mas hoje sofre os efeitos da falta de planejamento e de sucessivos erros no gerenciamento do futebol.
Já o técnico Ricardo Pinto tenta safar o Tricolor da degola, driblando os muitos desfalques. Frente ao Fantasma, relacionou os dezoito atletas que restaram. Nada menos do que dez jogadores estão fora de combate. Kelvin está com a Seleção Brasileira sub-18, Serginho, Luiz Camargo e Diego cumprem suspensão. Juntam-se a eles os lesionados Bruninho, Maycon Freitas, Anderson, Ricardinho e Henrique, além de Kerlon, entregue ao departamento físico. “O ideal seria contar com todos. Mas esse tipo de dificuldade faz parte do futebol e quem entrar em campo terá que dar o seu melhor”, amenizou o treinador.
Em relação à formação utilizada frente ao Botafogo, pela Copa do Brasil, as novidades são Taianan, Vinícius e Renato. Na teoria, o Paraná trocará a velocidade pela posse de bola. “Sem o Diego e o Kelvin perdemos esta velocidade. Então, vamos tentar compensar isso com um bom toque de bola”, justificou Ricardo Pinto. O meio-campo passa a ter apenas um volante de ofício: o gringo Javier Mendez. “O Taianan será o segundo volante. É um jogador que sabe ocupar os espaços e também tem um bom sentido de marcação”, disse.
Com essa escolha, Borges e Luizinho – os outros volantes do grupo – ficarão no banco de reservas. “Fiz o Diego e o Kelvin ajudar na marcação. Então, acho que posso fazer do Taianan um bom segundo volante. Até porque, o Packer é um jogador versátil, que tem experiência internacional, e vai ajudar também nesse bloqueio ao Operário”, afirmou Ricardo Pinto.
A importância desses quatro jogos para o clube e para cada um desses jogadores – que não querem ficar marcados com um desastroso rebaixamento -causou duas reuniões ontem. Primeiro, a comissão técnica falou com o grupo. Depois, deixou os jogadores à vontade, para uma conversa apenas entre eles. “Fomos nós que nos colocamos nessa situação. Só nós podemos sair dessa, pelo bem do Paraná. É vencer ou vencer”, resumiu o ala Paulo Henrique.