O Paraná Clube inicia a partir da próxima terça-feira um “novo campeonato brasileiro”. Explica-se: dos onze jogos restantes, sete deles serão contra clubes que ocupam uma posição intermediária ou – a exemplo do Tricolor – lutam contra o descenso. Serão confrontos diretos que definirão a situação do representante paranaense, hoje fora da zona de rebaixamento. Após o empate frente ao Cruzeiro, o time de Otacílio Gonçalves trocou de posição com o Vasco e, por enquanto, se livra da “degola”, mas pelo saldo de gols.
Na teoria, as partidas seriam “mais fáceis”, frente a adversários de igual ou inferior nível técnico. Porém, partidas entre times que tentam sair das últimas posições tendem a ser disputadas num clima tenso. O Paraná terá que ter, a partir do próximo confronto, muito equilíbrio, pois estará decidindo a sua sorte fora de casa. Dos sete jogos contra os seus adversários diretos, cinco serão na condição de visitante. O Tricolor encara Fluminense (17º colocado), Paysandu (24º), Vasco (23º), Goiás (25º) e Figueirense (15º) em terreno inimigo.
Até aqui, com 14 pontos em 14 jogos, o Paraná apresenta um rendimento de 33,3%. O clube trabalha com uma margem de segurança e mantém como meta chegar aos 32 pontos e assim não correr risco algum. Pelas projeções, porém, quem chegar aos 28 pontos deve se livrar da segundona. Para superar esta marca, o Tricolor precisaria vencer mais cinco jogos – atingiria 29 pontos – o que equivale a um aproveitamento de 45,5% nesta reta final. Para atingir o objetivo traçado internamente, o Paraná ainda necessita de 18 pontos (54,5%).
Para o capitão Maurílio, o time precisa “acertar o pé” no momento das assistências. Frente ao Cruzeiro, o Tricolor desperdiçou pelo menos quatro chances claras de contragolpes em erros de passes.
Esse, talvez, seja a principal deficiência do Paraná neste Brasileirão. “Contra Corinthians, poderíamos ter definido o jogo desta forma. Em Porto Alegre só sofremos pressão porque não soubemos encaixar o contra-ataque”, reconhece Maurílio.
Goiano fica fora do time por cinco jogos
O jogador mais regular da equipe neste Brasileirão está fora dos próximos jogos do Paraná Clube. Goiano sofreu lesão no ligamento colateral medial do joelho esquerdo e o período de recuperação estimado pelos médicos é de aproximadamente três semanas. Se a previsão se confirmar, o volante desfalca o time nos próximos cinco jogos que o Tricolor na competição.
Goiano não começou o campeonato brasileiro como titular. Leandro enfrentou São Caetano, Portuguesa e São Paulo, mas sofreu uma lesão muscular ainda no primeiro tempo do jogo frente ao Tricolor do Morumbi. A partir daí Goiano começou a mostrar a sua eficiente marcação e a ganhar pontos com Otacílio Gonçalves. “Ele estava muito bem. Foi o nosso melhor jogador, até aqui, na competição”, reconhece o treinador. Otacílio preferiu não antecipar o substituto. O próprio Leandro, recuperado da contusão – na última quinta-feira ele estava no banco de reservas – poderá voltar ao time. Porém, Ronaldo, César Romero e Isaías são as outras opções.
Otacílio pode ainda compactar a defesa com a entrada de Xandão. Neste caso, Sidnei – que vem sendo o líbero do time – seria adiantado para o meio-de-campo. O treinador já antecipou que Juliano e Weligton serão mantidos na zaga. Enquanto o primeiro foi bem nos dois jogos que disputou, o segundo estreou diante do Cruzeiro e foi o destaque do time, mostrando velocidade, bom cabeceio e um apurando senso de cobertura. “Me concentrei muito para este jogo, pois sabia que precisava mostrar minhas qualidades. Afinal, havia chegado dias antes e uma atuação segura era fundamental para ganhar a confiança de todos”, comentou Weligton.
