Restando cinco rodadas para o fim da primeira fase, o Paraná Clube faz hoje, às 15h30, no Erick Georg, uma partida decisiva. Em jogo, não apenas uma melhor colocação no Campeonato Paranaense, mas a sequência do trabalho iniciado há mais de três meses.
Frente ao Nacional de Rolândia, o time de Paulo Comelli precisa vencer e convencer. A meta é voltar ao G8 da competição e, de quebra, abrir uma vantagem da zona do rebaixamento, um “fantasma” que persegue o tricolor de longa data.
Nas temporadas 2003 e 2004, o Paraná passou raspando na competição estadual. Em 2007, “caiu” para a Série B do Nacional. No ano passado, esteve a pique de mergulhar na 3.ª divisão do Brasileiro e, agora, volta a viver sob ameaça.
Com apenas 11 pontos, esta próximo da zona de classificação, mas a vantagem sobre a “turma da degola” é de apenas um ponto. Reflexo de uma competição equilibrada, onde no início da rodada apenas quatro pontos separavam o 4.º e o 13.º colocados. Na prática, se vencer hoje o Tricolor pode até fechar a rodada numa “confortável” 4ª posição.
“Temos que vencer todos os jogos”, dispara o zagueiro Luís Henrique, visivelmente incomodado com a situação do clube e do time. “Faço parte da defesa e não dá pra aceitar a forma como a gente vem sofrendo esses gols. A gente pisca e a bola tá lá dentro”, desabafou.
“Fico p… com isso”. Essa vem sendo a tônica da equipe. Com dois ou três zagueiros, a história é quase a mesma e o resultado são os dezessete gols sofridos em onze jogos disputados na temporada, entre Paranaense e Copa do Brasil.
Um desequilíbrio que se evidencia nos jogos em casa. Em cinco jogos na Vila Capanema, o Paraná venceu apenas um (com dois empates e duas derrotas). Os jogadores creditam os deslizes à falta de atenção ou de “pegada”, mas ninguém admite falta de qualidade técnica.
“Temos um grupo forte. Mas temos que melhorar. Estamos perdendo muitas oportunidades e daí, num vacilo, colocamos tudo a perder”, lembra o volante Agenor. Essa instabilidade poderá gerar nova alteração na equipe. O técnico Paulo Comelli chegou a deixar no ar a possibilidade de voltar ao 4-4-2.
Porém, sem tempo para treinar houve apenas um treino regenerativo na sexta e ontem a viagem para Londrina, onde o grupo está concentrado, Comelli deve seguir com três zagueiros.
A dúvida, então, fica por conta da possível volta de Jonathas ao time. O zagueiro perdera a posição quando Luís Henrique retornou, mas o treinador disse estar propenso a lhe dar nova oportunidade.
Resta saber se ele atuaria pelo lado esquerdo (é canhoto) ou ficaria na sobra, entrando na vaga de Élton. O restante do time deve ser o mesmo da última jornada, com Bruninho, Peterson e Wellington Silva formando o trio de frente paranista.