Paraná Clube enfrenta mais uma crise financeira

Faltam somente quatro dias pra estreia do Paraná Clube na Série B. Mas com que time o Tricolor irá enfrentar o vice-campeão mineiro, o Ipatinga? Acontece que a diretoria tem somente três dias para quitar os débitos junto ao departamento de futebol, sob risco de perder boa parte de seu elenco. A legislação permite que os atletas, após três meses de atrasos salariais, possam requerer na Justiça do Trabalho o fim de seus contratos.

Esta é a situação crítica a que o Paraná poderá estar a partir de sexta-feira. A crise se mostra insustentável e os jogadores já não escondem o desânimo que tomou conta do grupo.

Sucessivas promessas não cumpridas dão ar de descrédito à atual gestão do clube e não será surpresa se o elenco voltar a deflagrar um “estado de greve”, como já ocorreu há um mês.

Tanto que ontem a diretoria ficou reunida durante boa parte da noite, na sede da Avenida Kennedy, para encontrar uma solução. Segundo fontes, a discussão foi acalorada. Não sem motivo.

Em meio a uma das maiores crises de sua história, não se vê soluções imediatas para o Paraná contornar o problema. E, para piorar, o clube vive sob a sombra de ações trabalhistas, que podem “pipocar” a qualquer instante. Reflexo da falta de dinheiro e planejamento, situações que ficaram evidenciadas desde a queda para a Segundona.

Desde a semana passada, uma nova greve só não ocorreu por conta das intervenções da comissão técnica e dos líderes do elenco. Os jogadores, sem querer que seus nomes sejam revelados, admitem que o foco na estreia da Série B está se perdendo e a preparação para encarar o Ipatinga está comprometida. Até os recém contratados estão apreensivos.

O presidente Aquilino Romani já anunciou que precisa de R$ 3 milhões para que o Tricolor consiga se bancar na Segundona. O dirigente tentou algumas iniciativas, como a reaproximação do Clube dos 13 e o ingresso na Fifa para o recebimento dos direitos de formação de atletas que se transferiram para o exterior (André Dias, Éverton e Wellington Baroni), mas isso só poderá gerar recursos a longo prazo. O Paraná precisa de dinheiro já, caso não queira correr o risco de a “bomba relógio” explodir até sexta-feira.

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