Paraná Clube e Portuguesa têm muito mais em comum do que as últimas colocações que ocupam na Série B do Campeonato Brasileiro. Depois de viverem bons momentos, principalmente na década de 90, tanto o Tricolor quanto o time lusitano passam por situação delicada na disputa da Segunda Divisão e estão afundados na zona de rebaixamento da competição nacional. Apesar do cenário não ser favorável ao time paranista, que além da vice-lanterna passa por uma crise financeira que parece não ter fim, um triunfo sobre a Lusa pode ser o início de uma nova caminhada do time de Claudinei Oliveira na Segundona.

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Além do momento ruim dos dois times, que por muito tempo foram integrantes assíduos da Série A do Campeonato Brasileiro, outro fator pesa para que, principalmente as finanças dos clubes não acompanhe a realidade do futebol brasileiro. Pode-se dizer que Paraná e Portuguesa são coadjuvantes em duas grandes capitais do Brasil no cenário do futebol e, por isso, o rendimento financeiro é mais escasso e menos capaz de brigar com outros grandes clubes do Brasil.

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Davi tenta o chute no confronto Tricolor 0x2 Lusa de 2009. Os dois times já estavam na Segundona, mas tinham bons jogadores como o próprio Davi e João Paulo (hoje no Atlético) no Paraná e Fellype Gabriel e Bruno Rodrigo (zagueiro titular do Cruzeiro campeão brasileiro) na Portuguesa. Hoje, a elite é um sonho muito distante para os dois clubes, que lutam para sair do atoleiro na Série B.

“O Paraná vive uma situação interessante, pois é o terceiro clube da cidade e de uma capital importante. O clube tem torcida, mas é bem menor do que a realidade de Atlético e Coritiba e isso influencia diretamente em um rendimento financeiro na organização. Sem uma grande gestão, vai perdendo a importância dentro da cidade e, junto com o rebaixamento e a perda de receitas de televisão e para conseguir patrocinadores, a situação vai se complicando”, frisou o especialista em marketing e gestão esportiva Amir Somoggi.

Enquanto o Tricolor é refém da crise financeira que assola o clube nos últimos anos e parece estar cada vez pior, a Portuguesa, que foi rebaixada no ano passado para a Série B, tentar sair do atoleiro em breve. Por isso, o time lusitano está investindo no seu departamento de comunicação e marketing para atrair mais investidores e, consequentemente, reforçar o seu caixa para a sequência da temporada de 2014.

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Azulão

Este é um problema recorrente não apenas de Paraná Clube e Portuguesa. Em um passado não tão distante, o São Caetano, depois de surgir bem no início dos anos 2000, corre o risco de sumir do mapa do futebol brasileiro. Vice-campeão do Campeonato Brasileiro em duas oportunidades e vice da Libertadores da América no início da última década, o Azulão foi perdendo a força com o passar dos anos e, a sua torcida que já não era grande, atualmente está praticamente extinta e pouco comparece aos jogos do time.

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Disputando hoje a segunda divisão do Campeonato Paulista e a Série C do Campeonato Brasileiro, o São Caetano vive um momento delicado também nas suas finanças. Porém, este não foi o principal problema do Azulão no ano passado, quando caiu para a Terceira Divisão. Com uma receita anual de R$ 26 milhões, o time do ABC Paulista sofreu também com a má administração do seu futebol, que apostou em medalhões, gastou com salários exorbitantes durante o ano e não conseguiu escapar da degola ao final da Segunda Divisão do ano passado.

A falha na gestão do seu departamento de futebol também é um problema do Paraná, que para piorar, não dispõe de grandes receitas para montar grandes times. Atualmente sem um funcionário remunerado para gerir o futebol do clube, o Tricolor vive dias cada vez mais difíceis e, se por um lado alguns clubes provam que é possível se reerguer,, a atual gestão paranista tem que abrir o olho para evitar um destino parecido com o do São Caetano.