Dentro de 22 dias o Paraná Clube estará em campo para enfrentar o Ipatinga-MG, no Durival Britto, na largada da Série B. Os jogadores, porém, preferem manter o foco em algo mais palpável. No domingo, o Tricolor encara o Iraty pela penúltima rodada do Paranaense. O grupo busca uma vitória para fechar a competição em uma “honrosa” 3.ª colocação e com a vaga assegurada para a Copa do Brasil do ano que vem.
“Não adianta pensar lá na frente e esquecer que temos um jogo importante pela frente. Temos que honrar essa camisa e fazer o nosso melhor em campo”, disse o volante Chicão.
O jogador acredita que para o grupo ainda é cedo para começar a projetar a competição nacional. “No momento certo, a comissão técnica vai dar ênfase a isso. Até porque na primeira rodada vamos enfrentar o Ipatinga. O professor (Marcelo Oliveira) trabalhou lá e vai nos orientar da melhor forma”.
Chicão, porém, tem um pensamento claro sobre a Segundona. “Dizem que a competição é longa. Isso é verdade. Mas, é fundamental largar bem. Ficar correndo atrás é péssimo, joga uma pressão enorme sobre o grupo”, frisou o jogador, que já teve experiência de acesso no Vitória-BA, em 2007. “Quem está pensando em subir, tem que fechar o primeiro turno pelo menos com 30 pontos”, destacou.
Isso representaria, em termos práticos, praticamente metade do caminho percorrido, considerando-se que na média são necessários 63 pontos para se garantir entre os quatro primeiros da Série B. No ano passado, porém, esse número subiu um pouco. O Atlético Goianiense, 4.º colocado, subiu com 65 pontos.
“Nos pontos corridos, regularidade é fundamental. Não podemos vacilar, como ocorreu no início deste ano”, lembrou. O Paraná teve sua missão dificultada no Paranaense pelos muitos deslizes nas primeiras rodadas, onde ainda buscava a formação de um time.
Para a diretoria, o panorama agora é diferente. Mesmo tendo ficado de fora da briga pelo título estadual, uma base foi formada. “Já temos um alicerce. Creio que com três peças, arrumamos a casa e estaremos prontos para a Série B”, disse o vice de futebol Aramis Tissot.
Mesmo sem citar nomes ou posições, o clube tenta as contratações de um zagueiro, um meia-armador e um atacante. Isso, independente das peças que já chegaram. Inclusive o atacante Sylvestre (Camaçari-BA), que pode acertar hoje os últimos detalhes da negociação.
O empresário Marcos Amaral, apesar do assédio de Ceará e Bahia, se mostra otimista com a possibilidade de ver o vice-artilheiro do campeonato baiano vestindo a camisa azul, vermelha e branca.
A Amaral Sports também está intermediando a transação envolvendo um meia “com alguma bagagem”, que viria do interior paulista. O nome de Xuxa – do Botafogo de Ribeirão Preto -não está descartado.
Porém, o impasse estaria no valor elevado do salário do atleta. Mesmo problema em relação ao atacante Ricardo Bueno, ex-Londrina e que disputa o Paulistão pelo Oeste de Itápolis.