Sem graça, sem sal e sem futebol. Paraná e Atlético provaram, em campo, no empate em 0x0, ontem de manhã, na Vila Capanema, porque estão lutando contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Em um jogo de poucas emoções, a igualdade acabou sendo justa pela produção das duas equipes durante os 90 minutos, mas horrível para as pretensões de paranistas e atleticanos para a sequência da competição nacional. Enquanto o Tricolor, agora com três pontos, permaneceu na lanterna, o Furacão chegou aos 6 pontos e segue ameaçado.
No “clássico dos desesperados”, Paraná e Atlético fizeram um primeiro tempo fraco tecnicamente e sem grandes emoções. Lanterna do Brasileirão e jogando dentro de casa, o time paranista adotou de novo uma postura mais defensiva. Tentou, no começo, sem sucesso, marcar o Furacão sob pressão, mas encontrou seu melhor momento quando passou a atuar mais recuado, já que a equipe de Rogério Micale conseguia ser eficiente defensivamente.
O Atlético, por sua vez, manteve sua forma de atuar. No entanto, apesar de ter mais posse de bola, o time atleticano, sem produtividade e com um futebol preguiçoso, não tinha objetividade e, como em outras jornadas, errou muitos passes. Com isso, o Furacão proporcionou os contra-ataques ao time paranista. Só que, apesar de uma transição ofensiva rápida, faltou qualidade ao setor ofensivo do Paraná para conseguir transformar essas chances em gols no primeiro tempo.
O Paraná, na verdade, conseguiu chegar com perigo à meta de Santos a partir da metade do primeiro tempo. Mas as melhores chances do time paranista vieram em cobranças de escanteio de Caio Henrique. Mas a falta de qualidade seguiu impedindo o Tricolor de sair em vantagem no clássico. Na primeira chance, o zagueiro Neris, livre, mandou para fora. Depois, foi a vez de Leandro Vilela cabecear no travessão a última chance de marcar na etapa inicial.
O jogo pouco mudou no segundo tempo. Atlético e Paraná, em campo, pareciam estar satisfeitos com o empate. O Furacão, no entanto, adiantou um pouco as suas linhas e passou a estar mais presente no campo ofensivo. No começo da etapa final, Pablo, de cabeça, por pouco não marcou. A melhor chance do Tricolor na partida veio com Caio Henrique, aos 18 minutos, mas o camisa 10, livre na área, errou o alvo.
Para tentar dar mais qualidade ao setor ofensivo, o técnico Rogério Micale apostou na entrada do meia Carlos Eduardo na vaga do volante Leandro Vilela. Deixou o time paranista com mais alternativas para buscar o gol, mas acabou deixando a equipe mais vulnerável defensivamente. Por isso, o Atlético criou sua melhor chance com Nikão, que recebeu na cara do gol e goleiro Thiago Rodrigues fez grande defesa.
Confira a tabela e a classificação do Brasileirão!
Na falta de qualidade no último passe, o comandante paranista apostou, na reta final do jogo, nas entradas do atacante Léo Itaperuna e do meia Guilherme Biteco. O Paraná, então, passou a jogar todo no campo ofensivo, mas seguiu ainda com dificuldades para furar a retranca imposta pelo Furacão.
Dificuldades causadas, sobretudo, pela falta de qualidade dos seus homens de frente. Deu tempo ainda para o Tricolor reclamar de um pênalti de José Ivaldo no atacante Léo Itaperuna, mas que não foi assinalado pela arbitragem e o empate no clássico deixou os dois clubes em situação delicada no Brasileirão.