O Paraná Clube segue convivendo com a “maldição” paulista nesta Série B. Já são dez jogos disputados e nada de vitórias. O aproveitamento do clube é de ridículos 10% nos duelos contra equipes de São Paulo. Número que incide diretamente em novo fracasso do clube na sua luta pelo retorno à elite do futebol brasileiro. No returno da competição, encontro com um clube paulista tem sido sinônimo de derrota: já foram três, contra Portuguesa, Americana e Ponte Preta.
O mais preocupante nesse tabu é o fato de que até o fim do ano o Paraná ainda tem mais seis jogos pela Série B, quatro deles contra equipes paulistas. Após ver as suas já reduzidas chances de acesso caírem a quase zero após a derrota em Campinas, o Tricolor sabe que ainda terá que somar pelo menos quatro pontos para fechar a temporada sem sustos em relação à turma da “degola”. Para não depender de resultados fora contra ABC e Sport, o time de Guilherme Macuglia terá que superar essa terrível limitação.
O Paraná encara São Caetano, Guarani e Bragantino, na Vila Capanema e ainda vai a São Paulo para encarar o Barueri. “Independente deste retrospecto ruim, não vejo o nosso time ameaçado pelo rebaixamento. Vamos fazer esses quatro pontos o quanto antes e buscar a melhor colocação possível, com responsabilidade”, disse o atacante Ricardinho, visivelmente frustrado com o revés em Campinas. “Falhamos em alguns detalhes e, para piorar, a arbitragem foi decisiva para o resultado”, lembrou, numa referência direta ao pênalti inexistente marcado a favor da Ponte Preta.
Já são quase 21 anos de confrontos com equipes paulistas. Curiosamente, essa história começou justamente num jogo contra a Ponte Preta, em 28 de outubro de 1990. O empate por 0x0, no Moisés Lucarelli, era válido pela terceira divisão nacional (hoje, a Série C). Ao longo desses anos, o desempenho do Paraná é de apenas 35,82% diante dos times de São Paulo. “Não há dúvida de que o desempenho nesta Série B preocupa, ainda mais se considerarmos o número elevado de paulistas na competição”, admitiu Macuglia. “Frente à Ponte Preta, creio que merecíamos melhor sorte, mas o juiz não quis assim”, disparou.
Mesmo reconhecendo os deslizes defensivos do seu time, Guilherme Macuglia estava inconformado com a penalidade máxima que abriu caminho para a vitória da Ponte Preta. O lance foi fora da área, mas o árbitro goiano André Luiz de Freitas Castro marcou o pênalti. “Além disso, houve um lance a nosso favor, sobre o Packer, no segundo tempo, em que ele nada marcou. Resumindo: interferiu no resultado do jogo”, arrematou Macuglia. O treinador terá, agora, uma semana para arrumar o Tricolor para o jogo contra o São Caetano, sábado, na Vila Capanema.
