Duro não é perder os pontos para o Vila Nova, no empate de ontem em 0x0 na Vila Capanema. Duro foi o Paraná Clube perder pontos contra Bragantino, América-RN, Ceará e Avaí.
Por isso, há muito que se lamentar em uma partida renhida, em que o Tricolor foi mais presente no setor ofensivo, mas criou poucas chances reais de gol.
Com o ponto conquistado, chegando a onze na Série B, o Paraná ainda subiu uma posição, fechando a décima rodada na 14.ª colocação.
Em campo, o Tricolor vinha com a formatação básica usada no triunfo sobre o Criciúma. A novidade era a volta de Claudemir à lateral-direita.
Naves, que fizera boa partida, ganhava o prêmio de continuar no time titular, ocupando a posição de segundo volante, no lugar do lesionado Vagner.
O Vila Nova tinha Túlio e ainda Max, Carlinhos, Reinaldo, Caíco e Alex Oliveira, todos pra lá dos 30 anos. Mas tinha Túlio, e ele era a grande atração da noitada de futebol na Vila Capanema.
Quando o jogo começou, perceberam-se os motivos de tantos veteranos no time de Goiânia. É uma equipe bem armada por Givanildo, que abusa da experiência de seus jogadores e não joga fechado, mesmo fora de casa.
Túlio e Bruno impunham dificuldades à zaga tricolor, e ambos tiveram momentos perigosos, obrigando Gabriel a boas intervenções. Em contrapartida, havia espaço para criação de jogadas, menos para Éverton, bem marcado por Heleno.
Por isso, o primeiro tempo foi muito equilibrado, apesar do domínio territorial do Paraná Clube. Chances de gol foram poucas (oportunidades claras, a rigor, nenhuma), mesmo com o Tricolor arriscando mais arremates. ?Faltou o acerto no ataque. A gente não teve precisão nos chutes, mas vamos melhorar?, afirmou o centroavante Gílson.
Ele não teve chances para melhorar, pois foi sacado no intervalo por Perrô. Entrou o ?Tanque? Fábio Luiz em seu lugar. Mas o atacante não fez o que se esperava dele, que era se fixar como homem de referência e permitir a chegada dos meias Giuliano e Éverton. Estes seguiam sendo os mais perigosos, principalmente em chutes de fora da área, que obrigavam Max a fazer boas defesas (com um certo exagero nos trejeitos, convenhamos).
Perrô decidiu colocar o Tricolor definitivamente no ataque, e tirou o volante Naves e o lateral Rogerinho para colocar o meia Cristian e o atacante Clênio. Também não funcionou: o armador, após longo tempo de inatividade, não rendeu o esperado e o avante, que entrou aos 29 minutos, lesionou-se com gravidade três minutos depois, deixando o Paraná com dez jogadores.
Com muita vontade, pouca pontaria e dificuldade para vencer a defesa goiana, o Paraná tentou no desespero, mas não conseguiu o gol salvador. O resultado, a rigor, não deveria ser tão traumático, mas os outros pontos perdidos em casa deixam a situação bastante complicada. Sábado, contra o Juventude, o Tricolor precisará, enfim, justificar o mando de campo.
BRASILEIRO
SÉRIE B – 10ª RODADA
PARANÁ CLUBE 0x0 VILA NOVA
PARANÁ
Gabriel; Daniel Marques, Ciro e Ricardo Ehle; Claudemir, Agenor, Naves (Cristian), Giuliano e Rogerinho (Clênio); Éverton e Gilson (Fábio Luís).
Técnico: Rogério Perrô.
VILA NOVA
Max; Osmar, Carlinhos, Luís Carlos e Fernandinho; Heleno, Álisson, Reinaldo (Cléber) e Alex Oliveira (Johnny); Bruno Batata e Túlio (Caíco).
Técnico: Givanildo de Oliveira.
SÚMULA
Local: Durival Britto
Árbitro: Wallace Nascimento Valente (ES)
Assistentes: Luís Alberto Kallenberger (SC) e Angelo Rudimar Bechi (SC)
Cartões amarelos: Cristian (PR); Osmar, Alex Oliveira, Caíco, Heleno (VIL)
Renda e público: não divulgados