Paraná Clube deve ter Gérson como titular

Gérson é a bola da vez. O meia praticamente assegurou sua escalação no treino tático realizado ontem pela manhã, na Vila Capanema. O Paraná Clube, ao que tudo indica, vai mesmo no 4-4-2 e com dois meias-de-criação para o jogo decisivo de domingo – às 16h, no Durival Britto – frente ao Internacional. Um ?risco calculado? diante na necessidade de vitória.

Com três zagueiros na maior parte do campeonato e às vezes com outros três volantes, desta vez o técnico Caio Júnior reforça o ataque, na tentativa de pôr fim ao longo jejum de gols do Internacional. Sem sofrer gols há oito rodadas, o colorado gaúcho tem a melhor defesa do Brasileirão. A escolha de Caio Jr. está também relacionada à ausência de Batista, suspenso pelo terceiro cartão amarelo.

As outras opções – como Maicosuel e Joelson – foram, nas entrelinhas, descartadas pelo treinador. É que Gérson, além de ser um jogador criativo (e, nas palavras de Caio, o único articulador do atual elenco) também é efetivo na marcação, preenchendo os espaços no meio-de-campo. ?Vamos marcar pressão, tentando ditar o nosso ritmo, mas respeitando o Inter, que é o atual campeão das Américas e um dos melhores times do futebol brasileiro?, lembrou Gérson.

O meia não conseguiu uma temporada de regularidade. Chegou a assumir a titularidade da equipe num momento de instabilidade e com ele o Paraná ganhou fôlego nas vitórias sobre Fortaleza e Figueirense. Mas o meia sofreu nova lesão – antes, sofrera uma luxação no ombro, jogando pelo time B – e ficou quase três semanas longe dos gramados. ?Estou tentando marcar o meu espaço. Quem sabe isso não ocorre nesta reta final??

Com Gérson e Sandro ?alimentando? a dupla formada por Leonardo e Cristiano, o Paraná espera fazer valer o mando de campo e voltar a vencer, após duas derrotas seguidas. ?O Leonardo está buscando e merecendo um gol. Espero fazer um bom jogo e colocar nossos atacantes na cara do gol. Daí pra frente, é com eles?, finalizou o jogador

Paraná prepara edição especial pra contestar o apito

A classificação à Libertadores continua sendo o ?objeto de desejo? dos tricolores. Não fosse a interferência do apito, esta missão já estaria concluída, com sobras. O Paraná Clube teve o cuidado de relacionar em DVD cada um dos lances capitais, onde árbitros de norte a sul complicaram a vida do time de Caio Júnior. O próprio treinador apresentou as imagens à imprensa, comentando cada lance e deixando claro o seu descontentamento com a ?perseguição?.

Se há lances onde poderia haver interpretação dos árbitros, há outros grotescos, onde os homens do apito pisaram na bola. Num rápido exercício matemático, pelo menos 12 pontos não foram computados a favor do Tricolor por ?problemas externos?. Isso, na tabela de classificação, representaria a 3.ª colocação do Brasileiro, com 6 pontos de vantagem sobre o quarto colocado.

Uma situação que até o jogo do último sábado se restringia a árbitros do segundo escalão. Os erros mais graves ocorreram em partidas onde o apito era do Espírito Santo, frente a Fluminense e Grêmio.

Porém, frente ao Santos, o árbitro era Carlos Eugênio Simon, que representou o país na última Copa do Mundo, e os ?deslizes? se repetiram. ?O que mais preocupa é que os erros ocorrem e nada acontece. Tudo é tratado de forma muito natural?, comentou Caio. Para o treinador, a montagem desse DVD serve apenas como alerta para que nada de anormal ocorra nestas três rodadas, onde Paraná e Vasco disputam palmo a palmo a última vaga para a maior competição do continente.

Planos para 2007? Só em dezembro

Diretores e empresários negaram com veemência os boatos que circularam ontem sobre uma possível transação envolvendo o atacante Vanderlei, do Gama, artilheiro da Série B. ?Temos outras preocupações no momento. Estamos focados nesta reta final e na briga pela Libertadores?, assegurou o vice de futebol José Domingos. O clube também busca soluções para fechar a temporada com as contas em dia.

?Não é hora de se falar em contratações. O planejamento do time para 2007 só ocorrerá após o dia 3 de dezembro?, disse o dirigente. José Domingos creditou os boatos à ação de empresários, ?querendo vender seu peixe?. Lembrou que muitos jogadores do atual elenco têm contratos longos e que até o momento nenhuma proposta oficial surgiu. ?Só consultas, observações. Esse mercado só vai esquentar a partir de dezembro?, comentou.

No último sábado, havia representantes italianos, japoneses e espanhóis de olho no jogo Santos x Paraná. O Racing Santander veio observar jogadores como Sandro e Leonardo. ?Isso será uma constante nesses últimos jogos. Mas acredito que bons negócios só ocorrerão com a classificação do Paraná para a Libertadores?, disse o empresário Luiz Alberto Martins de Oliveira Filho, sócio-proprietário da L.A. Sports.

Os dirigentes paranistas não escondem que o clube terá que ?emplacar? duas ou três transações internacionais para fechar o ano sem sobressaltos e com algum fôlego para o ano que vem. Ainda mais com a eventual classificação à Libertadores, o que obrigaria o time a armar já em janeiro um grupo de alto nível, pois a primeira fase da competição internacional ocorre entre o final de janeiro e o início de fevereiro.

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