A arbitragem fez um verdadeiro strike no time. O Paraná Clube, por conta da falta de critério da arbitragem no uso dos cartões, não terá quatro titulares para o jogo de terça-feira, às 21h50, no Durival Britto, frente ao Sport.
O goleiro Juninho, os zagueiros Irineu e Luís Henrique e o atacante William estão fora do confronto. Um problemão para o técnico Marcelo Oliveira resolver. Paralelamente a isso, busca manter o grupo ligado para mais uma decisão.
“Lamentamos o resultado, mas não há abatimento, não”, garante Marcelo Oliveira. “Na média, fizemos um bom jogo e, em casa, temos que fazer valer a nossa força”, assegurou.
Na busca pelos substitutos ideais, a comissão técnica se depara com um quadro inédito. Pela primeira vez no ano, Juninho não será o camisa 1. A definição sobre quem será o seu substituto deve ocorrer na manhã de hoje, com os três suplentes na briga.
“Todos são bons goleiros. Vamos analisar quem está na melhor condição técnica e psicológica”, disse Marcelo Oliveira, que, sobre o tema, vai ouvir o preparador de goleiros Renato Secco.
Thiago Rodrigues, Luís Carlos e Gabriel têm se revezado, até aqui, no banco de reservas. “Essa é uma estratégia para deixar todos os goleiros integrados ao grupo. Todos estão bem preparados, mas temos que escolher apenas um. Faz parte”, disse Secco.
Já para a defesa, ao menos o Tricolor terá a volta de Alessandro Lopes. Após cumprir suspensão, ele deve atuar como líbero, diante das ausências de Irineu e Luís Henrique.
Neste caso, Juan e Rogério (este deslocado para o lado esquerdo) completariam a zaga. Isso, é claro, se Marcelo Oliveira não optar por uma mudança tática, diante dos desfalques e da necessidade de buscar uma vitória.
No ataque, com William fora, Lima poderá ter a chance de iniciar o jogo como titular. “Se o professor precisar, estou pronto. A condição física pode não ser a ideal, mas isso a gente supera”, disse o jogador. As outras alternativas seriam Somália e Leandro Bocão.
Diretoria vai reclamar na CBF
O desempenho desastroso do trio de arbitragem em Goiânia deixou os paranistas em estado de alerta. O clube encaminhará uma representação oficial contra os paraenses Andrey da Silva e Silva, Márcio Gleidson Correia Dias e Fernando de Brito Miranda. Cartões aplicados em excesso e sem critério e a série de impedimentos erroneamente assinalados são os pontos principais da reclamação.
O vídeo com os lances será anexado ao documento.
“Situações como essa revoltam. Tivemos um gol legítimo anulado e outras chances reais impugnadas equivocadamente. O bandei-rinha nos marcou melhor do que a zaga do Vila Nova”, disparou o diretor de futebol Guto de Melo.
O dirigente sabe o quão importante seria a vitória em Goiânia. “O trio impediu diretamente a nossa arrancada”, falou, sugerindo que os árbitros passem a ser julgados pelo STJD.
Além dos lances capitais citados pela diretoria, o técnico Marcelo Oliveira questionou muito os critérios – ou a falta deles – na aplicação dos cartões. “Sinceramente, não vi um jogo tão duro para que nós recebêssemos oito cartões amarelos. Por sorte não tivemos nenhum jogador expulso”, disse o técnico.
A preocupação foi tanta que o treinador sacou Rogério para a entrada de Juan, na zaga, ainda no intervalo. O atacante Anderson Aquilo lamentou o cartão recebido e o gol anulado.
“Com 3 x 1 a gente praticamente mataria o jogo”, lembrou. Seria, também, o sexto gol de Aquino com a camisa tricolor, o que faria dele o principal artilheiro da equipe na Série B. “O jeito é esquecer. Terça tem jogo e precisamos da torcida para ganhar os três pontos”, finalizou o atacante.
