Agora é em casa. O Paraná Clube joga todas as suas fichas nos três jogos que disputa no Pinheirão nesta reta final do campeonato brasileiro. Caso vença Atlético Mineiro, Goiás e Fluminense, o tricolor estará livre do risco de rebaixamento, chegando aos 54 pontos. Para atingir esta marca, porém, o time de Paulo Campos terá que se superar, atingindo aproveitamento total. Em toda a competição, em apenas uma oportunidade o time alcançou três vitórias seguidas em casa.
E, curiosamente, logo na largada do Brasileirão. Com um time ainda em formação, o Paraná passou por Santos (3×2), Flamengo (2×1) e Cruzeiro (2×0). No restante do campeonato – sob o comando de Paulo Campos ou Gilson Kleina – o tricolor não foi além de duas vitórias consecutivas em seus domínios. Se obtiver duas vitórias, precisará somar mais dois pontos para chegar aos 53, número que, pelas projeções, é suficiente para escapar da degola. Nesta situação, porém, o time terá que buscar ao menos um empate na condição de visitante, contra Criciúma ou Inter.
"Agora é a hora de todos os paranistas se fecharem. Estamos numa reta final e com jogos complicados", comentou o técnico Paulo Campos. "Na partida do próximo sábado, só a vitória interessa", avisou. Trata-se de um confronto direto e para aumentar o clima de decisão, o Atlético Mineiro chega embalado pela expressiva goleada aplicada no Flamengo. "São questões que teremos que administrar com sabedoria, mas sempre acreditando no apoio da nossa galera, que deve marcar presença em grande número", disse o treinador.
O grau de dificuldade pode ser medido se o parâmetro for o primeiro turno da competição. Foi naquele momento – sem Paulo Campos – que o Paraná viveu seu pior momento na temporada. Perdeu os cinco jogos e agora vai em busca da revanche. Pior que derrotado, o Tricolor foi humilhado. Fez, contra estes adversários, três gols somente, levando nada menos que 15 gols. "O momento é outro. Apesar de não termos somado apenas um ponto nos últimos dois jogos, a equipe se portou bem", lembrou Fernando Lombardi. "Com um pouco mais de sorte nos contragolpes, teríamos vencido", disse.
O resultado frustrou os jogadores, mas nada que venha a interferir na preparação da equipe para encarar o Galo. "Agora é tudo ou nada", frisou Lombardi. O Paraná tem a seu favor justamente o fato de possuir o mando de três partidas. Dos "ameaçados", Vitória, Flamengo e Criciúma fazem três jogos em casa.
Retrospecto não ajuda
O Paraná Clube passou a maior parte do Brasileirão na zona de rebaixamento. Muito se deve ao mau desempenho diante dos rivais diretos na luta contra a degola. Se obteve resultados razoáveis contra equipes de ponta, até aqui, teve desempenho pífio em confrontos diretos. Principalmente em jogos fora de Curitiba.
Em confrontos contra os nove clubes que brigam pela permanência na Série A, o Tricolor somou apenas dois pontos. Foram nos empates contra Vasco e Paysandu. Tem ainda uma partida-chave contra o Criciúma, na antepenúltima rodada, mas nos outros duelos colecionou derrotas, algumas vexatórias como as goleadas em Porto Alegre -Grêmio 4×0 – e Belo Horizonte -Atlético 4×1.
Em casa, se os números são melhores, estão muito longe do ideal. O Tricolor venceu cinco jogos, empatou dois e sofreu uma derrota – 3×0 para o Criciúma – e tem no sábado o último confronto direto em seu território. Se vencer o Galo, supera o time mineiro, que passa a ter um caminho complicado pela frente, encarando o Azulão na última rodada.
