A obrigação de ganhar os dois próximos jogos, contra Arapongas e Cascavel, pode ser uma tarefa difícil para o Paraná Clube, mas não impossível. Os números do Tricolor, desde a chegada do técnico Ricardo Pinto, sustentam o otimismo.
Sob a direção do treinador, o Tricolor não sabe o que é perder em casa para times do interior. Mais: apresenta um rendimento de 100% na Vila Capanema, local do jogo de sábado, contra o Arapongas.
A marca surpreende, principalmente se comparada com o 1.º turno, quando o desempenho do time deveria ser sumariamente “riscado” da história do clube. Considerando apenas os jogos do Campeonato Paranaense, o Paraná de Ricardo Pinto apresenta um aproveitamento de 56,67%.
Numa projeção simples, tivesse esse desempenho desde o início da competição, o Tricolor teria, hoje, 34 pontos, ocupando uma tranquila 4.ª colocação.
“Um clube como o Paraná não pode fazer um primeiro turno como o deste ano. Mas isso é passado. Nosso números atuais são bons e vamos nos apoiar nesse momento para sairmos dessa situação delicada”, ponderou Ricardo Pinto.
Sob o seu comando, o Paraná entrou em campo – considerando Paranaense e Copa do Brasil – treze vezes.
Em doze jogos conseguiu marcar gols. “Vejo o time ainda em evolução, mesmo nesse momento de absoluta pressão”, disse o treinador.
“Frente ao Iraty, sofremos para fazer o gol, mas o rendimento em si me agradou. Foi a partida na qual tivemos o melhor volume de jogo. Criamos muito”, recordou. “Temos que manter a mesma postura frente ao Arapongas, mas com um pouco mais de serenidade na hora de definir as jogadas”, alerta.
Ricardo Pinto espera um time mais equilibrado emocionalmente. “Acho que a vitória sobre o Iraty foi tranquilizadora. Sem aquela tensão, podemos jogar mais e melhor, pois o jogo exige isso”, lembrou o treinador, citando o fato de que o Arapongas possui uma das equipes mais fortes desse Paranaense.
“Sabemos que eles ainda lutam pelo título do interior. Mas jogamos a nossa sobrevivência. Eles podem vir com muita disposição, mas nós temos que ter ainda mais vontade do que eles” sentenciou.
O crescimento do time está interligado às muitas mudanças de peças e também à qualificação do setor ofensivo.
Mesmo não sendo o ideal, o Paraná fez 16 gols nos dez jogos em que Ricardo Pinto esteve no banco. Em igual número de partidas, antes da mudança de comando, o time marcara míseros 6 gols.
