Foto: Allan Costa Pinto

Grupo vai ganhar um banco de dados único, que será desenvolvido por Sérgio Gregório.

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O Paraná Clube ganhou umr eforço de peso no processo de reestruturação do seu departamento físico.

Doutor em fisiologia do exercício, Sérgio Gregório já presta consultoria ao clube desde o início de junho e agora atuará mais diretamente em todo o departamento de futebol, visando à implementação de uma filosofia integrada de preparação, das categorias de base ao profissional.

Com passagens por Coritiba e Atlético, Gregório fecha um ciclo na capital do Estado e espera ver o Tricolor trilhar o mesmo caminho de outros grandes clubes do futebol brasileiro.

O trabalho mais recente de Gregório, 49 anos, foi no Fluminense, onde ficou por um ano e meio, licenciado da Universidade Federal do Paraná. ?Foi um bom período, onde consegui aplicar minhas idéias no clube, que hoje possui uma ótima estrutura nessa área?, comentou o fisiologista.

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O atual vice-campeão da Libertadores é citado por Gregório entre os três clubes que já possuem este perfil de trabalho, criando um banco de dados único, que permite às comissões técnicas se organizarem a partir de números precisos de cada jogador, desde o momento que ele entra no clube, seja na base ou no profissional.

Os outros dois clubes citados por Gregório são o Atlético Paranaense e o São Paulo. ?Falo desses, porque tenho um conhecimento mais próximo. Outros clubes devem estar seguindo este mesmo caminho?, analisou o profissional.

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?O futebol não tem, a rigor, memória de treino. E isso é muito ruim. Com a criação desse banco de dados único, podemos saber tudo o que se passa com o atleta, incluindo treinos, avaliações físicas e informações do departamento médico?, explicou Gregório.

O fisiologista, porém, não atuará apenas nessa área de assessoramento ao departamento de futebol profissional e de base.

?A intenção é criar também uma linha de trabalho no clube. Assim, o jogador não terá dificuldades na transição base-profissional?, analisou. Gregório revelou que Giuliano uma das principais referências do atual grupo paranista está recebendo um tratamento especial. ?Estamos fazendo alguns ajustes no treinamento do jogador, minimizando os efeitos do estresse do jogo?, explicou.

O fisiologista com base nas avaliações físicas atuará ao lado dos preparadores físicos na elaboração de treinamentos específicos. ?O futebol é muito democrático. Por isso, não há como pensar em homogeneidade?, frisou.

Gregório destacou que o futebol é um dos poucos esportes em que o porte físico do atleta não é tudo. ?Não há limite para estatura. Então, temos que buscar equilíbrio. Além disso, temos jogadores de velocidade, outros de resistência.

O percentual de gordura também varia de acordo com o biotipo do jogador?, lembrou. ?Trabalhamos com todas essas variantes, buscando o melhor para a equipe. Resumindo, o objetivo é preparar o atleta para jogar. Não estamos aqui para formar maratonistas?, disse. ?A idéia é atingir um ponto de integração total, com os treinos físicos e técnicos se completando de forma perfeita?, encerrou Gregório.