Foto: Valquir Aureliano

Atual vice-presidente de futebol, José Domingos foi confirmado como candidato a sucessor de Miranda.

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Dentro de aproximadamente dois meses os sócios definirão nas urnas o futuro político do Paraná Clube. Um plebiscito entre os integrantes do Conselho Diretor do clube confirmou o nome de José Domingos Borges Teixeira como o candidato da situação para o pleito, que deve ser marcado para meados de novembro. Nos bastidores do Tricolor, a maioria acredita que haverá mesmo um bate-chapa, mas ninguém arrisca dizer quem seriam os candidatos da oposição.

Curiosamente, os nomes mais fortes são de atuais componentes do quadro comandado pelo atual presidente José Carlos de Miranda. Aurival Corrêa e Márcio Villela não confirmam mas também não descartam a possibilidade de enfrentar José Domingos nas urnas. No entanto, ambos acreditam que o melhor, no momento, seria uma composição. Principalmente diante do momento do Paraná no Brasileiro. ?Uma discussão política mais intensa, no momento, poderia tirar o foco daquilo que realmente importa?, disse Márcio Villela.

No plebiscito, Márcio obteve a terceira votação, atrás de Zé Domingos e Aurival Corrêa. Esta seria, na visão de José Carlos de Miranda, a composição ideal da chapa da situação. No entanto, Corrêa já se declinou dessa possibilidade. ?Não aceito ser vice do Zé?, assegurou Aurival Corrêa, que já é o atual primeiro vice-presidente do clube. A rigor, na chapa idealizada por Miranda, apenas ele e José Domingos trocariam de posição, com o atual presidente assumindo o comando do futebol.

Mesmo não aceitando a primeira vice-presidência, Aurival Corrêa não se posiciona como candidato da oposição. ?Nunca fui candidato e não pretendo rachar essa diretoria?, justificou o dirigente. Corrêa disse que seu objetivo é seguir trabalhando pelo Paraná Clube. ?Posso seguir até nas áreas de finanças ou patrimônio. Mas isso, só o futuro dirá?, comentou. Corrêa, pela gestão administrativa dos últimos anos, seria um nome fortíssimo junto aos associados.

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Já Márcio Villela acredita que, no momento, idéias são mais importantes que nomes. ?É preciso discutir propostas. Só assim podemos chegar a uma composição?, comentou. Villela não descarta a possibilidade de formar na chapa de José Domingos, desde que haja uma sintonia em relação àquilo que se projeta para o Tricolor a médio e longo prazo. ?O clube precisa se organizar, não para hoje, mas para daqui a dez anos. Não adianta ficar só batendo na tecla da inclusão no Clube dos 13?, disse Villela.

Lori muda três pra pegar o Náutico

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O técnico Lori Sandri chegou a testar o 4-4-2, mas manterá a mesma estrutura tática do Paraná Clube para o jogo decisivo de amanhã, às 20h30, na Vila Capanema frente ao Náutico. Se o esquema não muda, o mesmo não se pode dizer da formação da equipe. Além da volta dos alas Léo Matos e Paulo Rodrigues, recuperados de lesões, o treinador mexe em outras três posições, com as entradas de João Paulo, Rafael Muçamba e Vinícius Pacheco.

Com as trocas, Toninho, Adriano e Vandinho estão barrados. Um termo que não incomoda o treinador. ?Não estou barrando-os nem preservando-os, seria um meio termo. O que posso dizer é que após três jogos eu estou procurando o melhor para o time?, analisou Lori Sandri. ?Aqueles que estão saindo, podem voltar na seqüência. Mas vejo que o momento é de buscar soluções para um melhor rendimento.?

Na visão de Lori Sandri, é natural que os jogadores sacados não gostem da opção. ?Mas vão saber administrar isso, pelo bem do grupo, que está focado e blindado contra qualquer dificuldade que venha a surgir?, assegurou o treinador. Usou, como exemplo, o caso de Batista,  envolvido em denúncias de possível irregularidade em seu registro. ?Nessa fase, muita coisa acontece. Mas posso garantir: nada abala esse grupo?, atestou Sandri.

No início do coletivo, Lori escalou a seguinte formação: Flávio; Léo Matos, Daniel Marques, Neguete e Paulo Rodrigues; Rafael Muçamba, Beto, Batista e Éverton; Vinícius Pacheco e Josiel. Após 25 minutos de treino, sacou Batista para a entrada de João Paulo e viu um time mais equilibrado, no seu esquema de segurança: o 3-5-2. O técnico, porém, preferiu não oficializar a formação, principalmente no que diz respeito ao meio-de-campo. ?Tenho opções. Na hora, decido a melhor escalação?, despistou Sandri.

O treinador deixou claro que as mudanças não são em decorrência da pressão da torcida, que direcionou críticas mais contundentes a Toninho e Vandinho. ?Na hora que eu ceder à pressão de torcida, imprensa ou dirigente, não posso ser treinador?, disparou Lori Sandri, do alto de mais de três décadas de estrada.