A confirmação da câmara gestora de futebol e nomeação do conselheiro José Domingos Teixeira para a presidência desta comissão, ontem à noite, foi o pontapé inicial para a definição das metas do Tricolor para o campeonato brasileiro de 2003. Domingos será assessorado por Paulo Welter, Wilson Waharastig (Bob) e Joaquim Cirino dos Santos. Durval de Lara Ribeiro, o Vavá, vai representar o departamento de futebol da câmara financeira e Zelmar Marquete será o responsável pelo futebol amador.
Para o final da tarde de hoje está marcada mais uma reunião, de onde pode sair o nome no novo superintendente do clube. “Na verdade, é mais provável que saia na sexta. Temos alguns nomes, como o Caxias e o Caio Júnior. Mas ainda não conversamos com ninguém”, disse Domingos. Ricardo Machado Lima, atual diretor de futebol também tem chances de assumir o posto.
Quanto ao treinador, o dirigente afirmou que toda especulação é infundada, até o momento. “Vai ser trabalhoso acertar com um técnico dentro da nossa proposta salarial, que deve ser abaixo dos R$ 15 mil anunciados anteriormente”, diz. Hoje o representante do futebol na câmara financeira, Vavá, vai fazer um levantamento preliminar dos recursos disponíveis e repassar para os companheiros. “uma coisa é certa. Não vamos fazer dívidas”. Dependendo do relatório financeiro, os reforços para o Brasileirão podem cair de cinco para três.
Apesar do nome de Ricardo Machado Lima, atual diretor, ser o mais forte, uma notícia vinda de Santa Catarina pode contrariar a previsão inicial. Uma fonte ligada ao técnico Adílson Batista, do Avaí, garantia ontem que um revés da equipe diante do Joinville, jogo disputado ontem, seria o empurrão decisivo para o treinador acertar com o Paraná Clube. De quebra, ele viria acompanhado do experiente Rubens Minelli, que hoje trabalha no setor administrativo do clube de Santa Catarina, para ocupar a superintendência de futebol tricolor.
Minelli tem um forte identidade com o Tricolor. Em 89, ele teve a incumbência de ser o primeiro treinador da história do clube. Voltou em 94 para ser campeão paranaense eteve a última passagem em 96. Em 97 ele foi para o Coritiba e no ano seguinte, foi a vez do Atlético conhecer o seu trabalho, desta vez em um cargo administrativo. Desde então, Minelli se especializou na área administrativa.
“Ele é um excelente profissional, mas creio que fora de nossas possibilidades. Pois além de salário, teríamos que bancar a estadia dele em Curitiba”.
Outros nome que circula nos bastidores, para o cargo de treinador, é o do carioca Artur Bernardes, que comandou o Botafogo no campeonato brasileiro do ano passado. No entanto, como ele garante que não voltou a ser procurado pelo Paraná, sua vinda é improvável. “Ainda não fui contatado novamente. Gostaria muito de ter a oportunidade de comandar o Paraná, mas já estudo propostas do exterior”, disse o treinador, que tem um bom trânsito no futebol árabe. Ivo Wortmann, que teve destaque no Coritiba, corre por fora.