Paraná Clube com os pés no chão contra o Paysandu

O Paysandu é o próximo alvo. O técnico Luiz Carlos Barbieri deixa a calculadora de lado e evita projeções. Quer o time focado sempre no próximo jogo. É com este pensamento que o Paraná Clube entra em campo hoje – às 16h, no Pinheirão – disposto a melhorar seu aproveitamento no campeonato brasileiro.

Uma vitória deixa o Tricolor bem próximo da vaga à Copa Sul-Americana e mantém o caminho aberto para que o time termine a temporada em alta.

Na 8.ª posição, o Paraná vê possibilidades de fechar o ano dois ou três postos acima disso. "Podemos cravar o nosso nome na história do clube. É esse nosso objetivo", disse Pierre. O volante já participou de momento similar no próprio tricolor. Foi um dos destaques do time na campanha de 2003, que culminou com o 10.º lugar (mesma posição obtida em 1993). "O grupo atual tem mais ambição. Está fechado", comentou Pierre, que só lamenta a série de quatro derrotas que afastou o clube do sonho da Libertadores.

Com a certeza de que a última imagem é a que fica, o tricolor busca aproveitamento máximo nas seis rodadas finais. "O primeiro passo é frente ao Paysandu. Um jogo extremamente difícil", avisou Luiz Carlos Barbieri. A análise do treinador é embasada no momento crítico do adversário. "Eles precisam arriscar tudo, pois estão numa posição onde o empate já não serve". Para não cair diante de uma possível estratégia suicida do Papão, o técnico cobrou muita atenção com a marcação.

"Só não podemos fazer o que fez o Internacional, que nos desprezou", comentou Barbieri. Os jogadores concordam e citam como exemplo um recente tropeço que acabou sendo decisivo na queda do tricolor. "Goleamos o Fluminense e depois fizemos um péssimo jogo frente ao Figueirense. Isso não pode se repetir. Fomos bem contra o Inter e agora é manter a mesma concentração", alertou o zagueiro Daniel Marques, que dividirá com Marcos e Neguete a marcação sobre os artilheiros Róbson e Rafael Moura.

Barbieri confirmou o time com apenas duas mudanças em relação à formação que venceu o colorado gaúcho. Neto e Borges voltam ao time, após cumprirem suspensão. Com o ala e o atacante em campo, o tricolor aumenta, na teoria, seu poder de fogo. Se Borges é o artilheiro da equipe no brasileiro, Neto é o melhor cobrador de faltas do time e já tem cinco gols na temporada. Ambos estão cotados por equipes do Brasil e do exterior para possíveis negociações, mas evitam falar no assunto. "Minha cabeça está no Paraná. Temos seis jogos para fechar o ano com chave de ouro", finalizou Neto.

Borges está de olho na artilharia

Até aqui, Borges sempre desviou o assunto quando indagado sobre a artilharia do Brasileirão. Agora, o goleador confirmou com todas as letras que, além de levar o Paraná à Copa Sul-Americana, tem como meta pessoal terminar o ano como o maior artilheiro da série A. E hoje, ele trava um duelo especial, já que do outro lado estará o seu maior concorrente que segue com uma vantagem de três gols. Róbson, do Paysandu, tem 21 gols, contra 18 do "matador" paranista.

Com a lesão de Alex Dias (Vasco) e o jejum de Marcinho (Palmeiras), a briga pela artilharia da temporada ficou mais restrita à dupla que hoje estará frente a frente. "O Róbson tem a seu favor, além da vantagem de três gols, a experiência. Afinal, são onze anos de diferença", lembrou Borges. Para levar a melhor sobre Robgol, a meta do atacante tricolor é marcar pelo menos cinco gols nesta reta final de competição. "Acredito que o artilheiro do campeonato terá no máximo 23 gols", analisa Borges. "Agora, os jogos são muito difíceis, não importa se você está enfrentando o líder ou o último colocado", lembrou.

Borges não atuou frente ao Internacional, pois estava suspenso. Volta ao time justamente diante do adversário sobre o qual teve a melhor média. No primeiro jogo, em Belém, o Paraná venceu por 4×3, com três gols de Borges. (IC)

BRASILEIRO
37ª rodada
PARANÁ CLUBE x PAYSANDU

PARANÁ: Flávio; Daniel Marques, Marcos e Neguete; Neto, Pierre, Mário César, Maicosuel e Edinho; Sandro e Borges. Técnico: Luiz Carlos Barbieri.

PAYSANDU: Alexandre Fávaro; Jamur, Marquinhos, Váldson e Cléber; Vânderson, Marabá, Gian e Rodrigo; Róbson e Rafael Moura. Técnico: Carlos Alberto Torres.

Local: Pinheirão (Curitiba).
Horário: 16h.
Árbitro: Wilson de Souza Mendonça (Fifa-PE).
Assistentes: Luciano José Coelho Cruz (PE) e José Pedro Wanderlei da Silva (PE).

Paysandu vai animado para o jogo

Belém (AE) – O clima não poderia ser melhor entre os jogadores do Paysandu para enfrentar o Paraná. A vitória sobre o Brasiliense (2 a 1), com direito a gol no último minuto, deu muito ânimo ao grupo na luta contra o rebaixamento. Apesar de ainda estar entre os quatro piores do campeonato brasileiro, 20.º colocado, com 38 pontos, o time está otimista na recuperação.

"Essa vitória foi o passo inicial para, de uma vez por todas, sairmos dessa situação difícil", acredita o atacante Rafael Moura. Mas o técnico Carlos Alberto Torres anda desconfiado. Mesmo com os três pontos na última rodada, o treinador acha que a arbitragem anda prejudicando a sua equipe e favorecendo os outros times que brigaram para escapar da segunda divisão.

"O Flamengo, com aquele timinho, está ganhando de muita gente aí. Eu vou verificar isso. Vou botar a boca no trombone", avisou. E disse ainda que o Paysandu está ganhando por méritos próprios. "Não temos a ajuda de ninguém."

A novidade da equipe poderá ser Vânderson, que não enfrentou o Brasiliense, mas que deve ser liberado pelo departamento médico. "Vamos em busca da vitória. Os atletas sabem da importância desse jogo e todos estão lutando muito para tirar o time dessa situação. E iremos conseguir", afirmou Carlos Alberto Torres.

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