O empate com o Oeste, na terça-feira, na Vila Capanema, deixou marcas na reapresentação do elenco. Em uma partida de várias divididas e até mesmo jogadas violentas, jogadores do Paraná tiveram que contabilizar os estragos deixados pela equipe do interior de São Paulo. Pior para o volante Edson Sitta, que levou oito pontos no supercílio esquerdo devido a uma pancada sofrida num lance com o volante Leandro Mello.
Já na tabela de classificação, a igualdade não mudou a posição. O time é o 16º colocado, com 33 pontos quatro a mais que o América-RN, primeira equipe da zona do rebaixamento. No entanto, na próxima rodada, o Paraná jogará contra o Luverdense, fora de casa, às 21h. Como visitante, a equipe tem apenas duas vitórias, quatro empates e oito derrotas.
Além de superar estas adversidades, a torcida tenta entender as constantes mudanças do técnico Ricardinho. Com sete partidas no comando, o treinador utilizou 27 atletas, com o objetivo de encontrar a formação ideal, mesmo tirando jogadores que até pouco tempo eram considerados titulares absolutos do Paraná. Lucas Otávio e Marcos Serrato são bons exemplos e na última partida não ficaram nem no banco de reservas. Serrato jogou dezessete partidas na Segundona, uma a mais que Lucas Otávio.
A ideia do treinador é ter um time mais equilibrado e produtivo. Mesmo sendo atletas mais técnicos, Ricardinho não vem tendo a segurança necessária para apostar nos antigos titulares. “Eu conversei com o Lucas sobre isto e quando eles estavam no time a gente estava tendo os mesmos problemas. Jogador técnico sempre vai estar na frente, desde que esta técnica seja utilizada com produtividade e em prol de um trabalho coletivo. Não adianta ter técnica e não conseguir fazer uma recomposição, especialmente, na função de volante e não roubar uma bola, por exemplo. A realidade é que eles tiveram a oportunidade e não conseguiram realizar os objetivos. Eu tenho que buscar outros jogadores, mas a partir do momento que eles voltarem a fazer isto, lógico que irão retornar”, explicou Ricardinho.
Outros jogadores também passarão pelas mesmas avaliações, como os laterais Chiquinho e Ricardinho, os meias Thiago Humberto e Henrique e até mesmo o atacante Tiago Alves, artilheiro da equipe na Série B, com seis gols.
Naturalmente com as mudanças, a comissão técnica pretende ter um time melhor posicionado em todos os sentidos. Para isto, habilidade não significa estar entre os melhores no momento. “Se há uma certa dificuldade técnica, precisamos sobrepor com disposição e vontade. Para alcançar os pontos necessários, temos de atingir o nosso máximo. Esse grupo tem de ter condições de reverter e conseguir a pontuação para pelo menos terminarmos a temporada em uma condição melhor do que a atual”, avisou o pentacampeão Ricardinho.
