Paraná Clube coloca tradição à prova no Paranaense

O Paraná Clube traz em seu currículo sete títulos estaduais, dois brasileiros (da segunda divisão) e uma participação na Libertadores da América. Uma história construída com muitos troféus, considerando ainda as conquistas dos clubes que deram origem ao azul, vermelho e branco.

No total – levando-se em conta as conquistas de Britânia, Palestra Itália, Ferroviário, Água Verde, Colorado e Pinheiros – são nada menos do que 29 títulos em 97 anos de Campeonato Paranaense.

Uma tradição que será colocada à prova nestas três últimas rodadas, onde luta contra Rio Branco e Paranavaí pela sobrevivência na primeira divisão do futebol doméstico.

O “buraco” em que o Paraná se encontra pode ser facilmente explicado em números. Nas 23 partidas disputadas no ano – entre Paranaense e Copa do Brasil -, 40 jogadores já vestiram a camisa tricolor. Destes, 13 já foram embora ou voltaram para a base.

Falta de dinheiro? De planejamento? Ou apenas falta de capacidade para administrar o departamento de futebol? Indagações que não saem da cabeça do sofrido torcedor paranista, que nos últimos anos cansou de ver a palavra rebaixamento vinculada ao seu time de coração.

Foi assim na queda para a Série B nacional, em 2007, e nos anos seguintes, onde o Tricolor jamais conseguiu executar uma campanha segura e livre de riscos no segundo escalão do futebol brasileiro.

A estratégia de montar um time barato no Paranaense vai cobrando um alto preço. A diretoria sabe que uma eventual queda seria desastrosa sob todos os aspectos, inclusive o financeiro, onde o primeiro impacto seria sentido com o fim da cota de tevê (cerca de R$ 800 mil, incluindo publicidade estática) do Paranaense. .

Só que os problemas seriam ainda mais amplos. O Tricolor já sentiu nos últimos anos o quão difícil é buscar jogadores de bom nível para disputar o Paranaense e a Série B, cenários muito menos atrativos do que, por exemplo, o Paulistão e a Série A.

Caminho

Para o desastre não se consumar, só resta ao Paraná um caminho: vencer os três jogos que tem pela frente e torcer por uma combinação de resultados. Hoje, são cinco pontos de desvantagem para Paranavaí e Rio Branco, sendo que clubes como Corinthians, Iraty e Roma, matematicamente, ainda estariam no “rebolo”.

Pelos vários confrontos diretos programados para as últimas rodadas, internamente o Paraná trabalha com uma conta “simples”, mas de difícil execução: é vencer ou vencer. Nos pés dos jogadores está a única fórmula para salvar o clube e a pele de seus dirigentes.

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