Encarar clubes paulistas nunca foi uma “especialidade” do Paraná Clube. Na atual Série B, porém, o tabu ganhou proporções e afeta diretamente o desempenho global da equipe na competição.
Oito jogos disputados e, até aqui, nada de vitória. Com um rendimento de somente 12,5%, os jogadores sabem que se a escrita não for derrubada, o sonho do acesso ficará distante.
Um quadro que dá ainda maior dramaticidade ao jogo do próximo sábado, às 16h20, na Vila Capanema, frente ao Americana.
O “caçula” do interior paulista ocupa a quarta colocação e é adversário direto na luta pelo acesso.
Novo revés deixaria o Tricolor a seis pontos do G4. “Vencer é muito importante. Mas, não se trata de vida ou morte, pois ainda temos dezessete rodadas pela frente”, afirma o técnico Roberto Fonseca.
Já são quase 22 anos de confrontos e nunca o Paraná conseguiu se impor – com absoluta segurança – diante das equipes de São Paulo, quer do interior quer da capital.
Mesmo com alguns resultados contundentes (e pontuais), com goleadas sobre Palmeiras (5×1, em 2002) e São Paulo (4×2, em 2003), o retrospecto geral é ruim.
Faltando apenas um jogo para completar a marca de duzentos duelos, o Tricolor tem um desempenho de apenas 36,18% contra times do estado vizinho.
Os números também são ruins no retrospecto recente. Nas últimas quatro edições da Segundona, o Paraná disputou, até aqui, 44 jogos contra times paulistas, com um aproveitamento de 38,64%.
O incômodo “jejum” já dura nove jogos (ou dez meses). A última vitória sobre um clube de São Paulo ocorreu no dia 9 de novembro do ano passado, quando o Tricolor fez 1×0 no São Caetano, jogando na Vila Capanema.
De lá para cá são quatro empates e cinco derrotas. Os jogadores sempre trataram do assunto superficialmente.
“Acho que é coincidência. Coisa de momento”, comentou o atacante Ricardinho.
Porém, os próprios atletas sabem que para se manter na luta pelo acesso o tabu tem que cair já neste fim de semana.
“Fazemos um jogo de seis pontos e em casa. Temos que vencer a qualquer custo, mesmo sabendo que teremos um adversário muito forte pela frente”, ressaltou Jefferson Maranhão.