Um pacto pela sobrevivência. Este foi o tema principal de uma reunião ontem pela manhã, entre integrantes do departamento de futebol, comissão técnica e atletas. Paulo Comelli anunciou “tolerância zero” para novos deslizes de conduta e quer o grupo focado nos sete jogos finais que definem o futuro do Paraná Clube. Nas palavras do treinador, serão 36 dias de concentração máxima, na busca pelos pontos necessários para assegurar a permanência do Tricolor na Série B.
A conversa – no gramado da Vila Capanema, antes do treino – foi comandada pelo gerente de futebol Beto Amorim. “É um momento em que a instituição tem que estar acima até das nossas famílias”, disparou o técnico Paulo Comelli.
Disciplinador, não quer nem imaginar a possibilidade de incidentes como o da semana passada, quando três titulares tiveram problemas em uma casa noturna. “É algo que não cabe mais no futebol. O profissionalismo tem que estar acima de tudo. Mesmo que o fato tenha ocorrido bem antes do próximo jogo da equipe”, ressaltou.
Daniel Marques, Pituca e Agenor foram multados e repreendidos. Porém, o clube não tomou nenhuma medida mais drástica. “Só que agora, o aviso já foi dado. Se precisarmos afastar alguém, vamos afastar”, avisou Comelli.
O treinador, se pudesse, manteria o grupo concentrado até a última rodada da Série B, programada para o dia 29 de novembro. “A concentração é importante, mas na medida certa”, comentou.
A pedido da comissão técnica, os relacionados vem concentrando sempre dois dias antes dos jogos. Na próxima semana, o grupo será “trancado” por mais tempo.
“Temos o jogo contra o Corinthians no sábado e como na terça já enfrentamos o São Caetano, a concentração será ininterrupta”, disse o treinador paranista. Comelli destacou a importância do elenco confirmar nessas sete rodadas tudo de bom que foi feito ao longo deste returno. “Temos uma boa campanha. Não podemos jogar fora tudo o que fizemos até aqui, nesse processo de recuperação da imagem do clube”. É com esse pensamento que o treinador seguiu para Barueri. Amanhã, o Tricolor tenta desbancar o favoritismo do clube paulista.
“Vínhamos bem e tivemos um jogo ruim. Apenas isso. Então, é hora de retomar o mesmo nível de produtividade”, disse Comelli. “Seria incoerente, por um deslize, achar que o time é ruim. Vamos buscar fora de casa os pontos que perdemos na última jornada”.
Para isso, o treinador deve recorrer mesmo ao 3-5-2, apostando na velocidade dos atacantes e dos alas para surpreender o adversário. A preocupação maior do treinador é conseguir um perfeito encaixe do sistema de marcação, para anular as principais armas do Barueri.