Paraná Clube aprova transferência da partida

O técnico Paulo Campos considerou sensata a transferência do jogo entre São Caetano x Paraná Clube -inicialmente programado para domingo – para o próximo dia 10 de novembro, no Anacleto Campanella.

Para o treinador, nem o time paulista nem seu adversário (no caso, o Tricolor) teriam condições psicológicas para disputar um jogo poucos dias após o trágico incidente que vitimou o zagueiro Serginho. Paulo Campos aproveitou o momento para questionar outros aspectos relativos à estrutura do futebol brasileiro e abre discussão quanto ao curto período de folga entre competições.

“É o momento de comissões técnicas, médicos e atletas se mobilizarem por uma condição mais humana e profissional na organização dos calendários anuais”, comentou. “Houve uma grande evolução, mas nós, que vivemos no futebol, não podemos – como seres humanos – ficar sem merecidas férias após onze meses de atividade”, disse. “O jogador vive no limite, sob a pressão de jogos às quartas e aos domingos, quase sempre trabalhando em feriados e fins de semana”.

Na avaliação do treinador, deveria haver férias coletivas de trinta dias – neste ano, no caso, a partir de 20 de dezembro – e, após este período, ao menos mais vinte dias de preparação para uma nova temporada. “Seria uma questão de respeito ao profissional. Assim, todos os clubes poderiam realizar suas pré-temporadas, como ocorre na Europa. E lá, há um mês só para treinamento antes de cada competição”, argumentou. Isso, reconhece Paulo Campos, não evitaria casos como o de Serginho, mas preservaria emocionalmente os atletas de futebol. “Creio que nós, profissionais e jornalistas, deveríamos lutar junto às entidades estaduais e à CBF por estes ajustes”.

A Confederação Brasileira de Futebol, na condição de responsável pela organização dos calendários anuais do futebol, poderia baixar medidas neste sentido. Mas, se mantém presa às questões políticas das federações, que temem ver os campeonatos estaduais ainda mais esvaziados com poucas datas para acomodar número excessivo de clubes. É o que ocorrerá neste fim de ano, como em temporadas anteriores. O Brasileirão terminará no dia 19 de dezembro. Só que a primeira rodada do paranaense já está programada para 19 de janeiro. Ou seja, o clube que cumprir a lei na questão das férias, entrará na competição sem um dia sequer de treinamento.

Vitória deu esperanças aos tricolores

Mesmo tendo completado dezoito rodadas na zona de rebaixamento, a quinta-feira foi de alívio para os paranistas. A vitória sobre o Figueirense reabilitou o Tricolor e manteve as esperanças de conquista de sua permanência na primeira divisão do campeonato brasileiro. O Paraná Clube, desde a volta de Paulo Campos, segue com bom índice de aproveitamento: 54,55%. Se mantido, a fuga do rebaixamento é certa. São necessárias mais quatro vitórias em oito rodadas, com quatro jogos em casa.

A transferência do jogo frente ao São Caetano deu ao Paraná nove dias de preparação para mais uma decisão. Esta, diante de adversário direto. No dia 6 de novembro o Tricolor recebe o Grêmio, no Pinheirão. Até lá, o técnico Paulo Campos terá tempo para preparar os substitutos de Etto e Edinho. Os alas receberam cartões amarelos nos últimos minutos do jogo diante do Figueirense e terão que cumprir suspensão automática. Em compensação, a comissão técnica ganha o reforço de Canindé, recuperado de uma entorse de tornozelo.

Sem entrar em campo, o Paraná tira um fim de semana para apenas “secar” os adversários.

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