Chiquinho, que já passou pela seleção, foi apresentado ntem, no Paraná. |
O Paraná Clube foi buscar no Nordeste a solução para a falta de criatividade de sua equipe. O meia Chiquinho, 29 anos, foi apresentado ontem à tarde e já começou a trabalhar no novo clube. O jogador foi revelado pelo Sport Recife em 1993 e com apenas 21 anos chegou à seleção brasileira. Hoje, busca nova projeção atuando por um centro ainda desconhecido. "Estou muito feliz com esta oportunidade. O futebol paranaense está em alta, com três times na Série A e quero mostrar meu futebol aqui no Sul", disse.
Chiquinho teve sua contratação indicada pelo técnico Lori Sandri, com quem trabalhou no Vitória, em 2003. Outros profissionais também avalizaram o acordo. Os zagueiros Marcos e Aderaldo atuaram com o meia também no Vitória. "Na seleção, até fiquei no mesmo quarto do Renaldo", lembrou Chiquinho.
No início deste ano, Chiquinho disputou o campeonato mineiro pela modesta equipe da Caldense. É a referência mais recente da produção do atleta. A diretoria consultou Gilson Kleina, que dirigiu a equipe mineira e fez muitos elogios à condição técnica e ao profissionalismo do jogador. Lori assinou embaixo. "É um jogador muito sério, que se cuida muito e terá a condição de nos ajudar muito nesse Brasileiro. É só dar tempo para que ele entre em forma", disse o técnico paranista.
Francisco Carvalho da Silva Neto, o Chiquinho, confirmou que está parado há quase dois meses. "Desde que o Mineiro terminou, fui para Recife e estava treinando apenas em academia", contou. "Não é o ideal para um jogador de futebol. Por isso, preciso de um tempo para melhorar meu condicionamento". O prazo médio gira em torno de três semanas. A tendência é que Chiquinho fique à disposição de Lori já para o clássico contra o Coritiba, pela 8.ª rodada.
Chiquinho é o 11.º reforço contratado pelo Tricolor neste brasileiro. Curiosamente, o primeiro meia-de-criação. Antes da largada da competição, a prioridade era acertar a zaga e o ataque. Como a negociação com Joelson (do Ituano) "travou", a diretoria foi atrás de outras opções. Além de Chiquinho, o clube deve apresentar hoje mais um jogador para este setor. Empresários da LA Sports viajam para Sorocaba para concretizar a transação com o garoto Maicosuel.
Agora é a vez de Aderaldo ser julgado
O departamento jurídico do Paraná Clube já está a postos. Depois de absolver Lori Sandri e Neto – julgados na segunda-feira – o advogado Domingos Moro terá nova missão: impedir que Aderaldo receba uma dura punição. O zagueiro não foi expulso (e nem advertido) pelo árbitro Luiz Antônio Silva Santos (RJ), mas foi denunciado pela comissão disciplinar do STJD com base nas imagens do jogo frente ao Palmeiras. Numa disputa com Juninho Paulista, o meia perdeu um dente ao se chocar com o defensor paranista.
Para o auditor do tribunal, caracterizou-se ?cotovelada?, o que culminou com a denúncia do atleta no artigo 253 do CBJD, que prevê suspensão que pode variar de 120 a 540 dias. ?Foi um lance casual. Corri em direção a bola e no movimento do braço houve o choque?, disse Aderaldo. Domingos Moro já está colhendo material para a defesa e aposta na absolvição do atleta. ?Há atenuantes significativos?, lembra o vice de futebol José Domingos. Ao término da partida, Juninho trocou de camisa com Aderaldo e isentou o zagueiro de culpa.
As imagens e as entrevistas – o pai de Juninho também teria falado o mesmo sobre o lance às rádios de São Paulo – serão importantes na defesa do atleta. O advogado ainda não definiu se a presença do zagueiro será requisitada para a sessão de sexta-feira. Nos julgamentos de Lori e Neto, Domingos Moro conseguiu absolvição por unanimidade de técnico e jogador do Tricolor. O auditor do STJD, Antônio Maria Patino Zorz chegou a fazer uma citação, homenageando Lori Sandri pelos serviços prestados ao futebol brasileiro.