Ninguém no Paraná Clube admitiu textualmente, mas o revés no clássico sepultou as chances de conquista do título paranaense. Restando apenas três rodadas, tirar quatro pontos de diferença para o líder, parece um sonho impossível.

continua após a publicidade

Por mais que a tabela marque ainda um confronto entre Coritiba e Atlético, a série de combinações necessária para que o Tricolor termine o octogonal na primeira posição é improvável.

Ainda mais diante da desvantagem do clube nos critérios de desempate, o que obriga o time de Velloso a somar cinco pontos a mais que seus concorrentes nessa reta final.

“Vamos à luta, acreditando em tropeços deles”, diziam os jogadores na saída do gramado, ainda aturdidos com o “chocolate” que o Tricolor levou em plena véspera de Páscoa. O Paraná fracassou em praticamente todos os setores e se tornou presa fácil para um mobilizado Coritiba.

continua após a publicidade

“O gol logo no início nos desestabilizou”, admitiu Wagner Velloso. O treinador, sem contar com Lenílson (suspenso) e Wellington Silva (lesionado) apostou suas fichas num ataque formado por Wando e Clênio.

Na teoria, queria surpreender o adversário e “bagunçar” o esquema tático de Ivo Wortmann. Tiro que saiu pela culatra com menos de dois minutos, quando o gringo Ariel Nahuelpán abriu o placar.

Surpreso e novo discurso

continua após a publicidade

Velloso revelou que não esperava o Coritiba com um atacante de área. Mas, na sua visão, não foi necessariamente o elemento surpresa que fez a diferença. “Fizemos uma falta no meio-de-campo e permitimos a cobrança rápida. Havíamos falado muito sobre a atenção nos primeiros minutos, quando o Coritiba viria com tudo”, lamentou.

Agora, além de lamentar, resta ao Paraná fazer contas, projetando as três rodadas que lhe restam nesse estadual, contra Atlético, Iraty e J. Malucelli. O discurso ainda de confiança de Velloso (“Ainda dá. Vamos lutar até o fim”) contrasta com aquilo que se falava em Vila Capanema antes do jogo, onde entendia-se ser este clássico definitivo para apontar quem seguiria na luta pelo caneco.

Em meio aos destroços, caberá a Velloso, isso sim, recuperar a auto-estima do grupo para a estreia do Paraná na 2.ª fase da Copa do Brasil, 4.ª-feira, em Fortaleza.

O vencedor desse confronto, que tem jogo de volta marcado para o dia 22, encara o Flamengo nas oitavas-de-final. Para a partida programada para o Castelão (às 20h30), o Tricolor terá a volta de Lenílson, que fez uma tremenda falta no clássico. Já Wellington Silva será reavaliado, mas deve continuar de fora. Outro desfalque, este certo, é o zagueiro Luís Henrique, que sofreu séria lesão no joelho direito.

Reforços

Com a situação difícil no Paranaense, aumentam as especulações sobre reforços para a sequência da temporada. Além do atacante Bebeto (que resolve litígio com o Gama), também estão nos planos o volante Bruno e o meia Davi, ambos do Avaí. O meia Dinelson, que estaria deixando o Coritiba, também pode voltar à Vila Capanema.