Paraná Clube aposta em meio-campo para vencer o Vitória

Embalado por uma sequência de 12 jogos sem derrota, o Paraná Clube encara hoje a primeira de uma série de “decisões” que podem valer o ingresso no desejado G4. O duelo desta noite, às 21h, no Barradão, é frente ao Vitória, que está na 3.ª posição e com uma vantagem de quatro pontos em relação ao Tricolor. O técnico Ricardinho, mais uma vez, arma seu time com um meio-campo leve e envolvente, confiante em mais uma vitória na Série B do Brasileiro.

Sem contar com os volantes Zé Luís e Ricardo Conceição mais uma vez vetados pelo departamento médico , o treinador pretende repetir a mesma formação utilizada com sucesso frente ao Boa Esporte, no sábado passado. “Não tivemos tempo para treinar, pois priorizamos a recuperação física do grupo. Vamos esperar, pois alguns jogadores estão gripados”, despistou Ricardinho. Porém, a tendência é que Cambará e Welington formem a dupla de volantes diante do rubro-negro baiano.

Na teoria, o time perde a “pegada” no meio-campo, mas ganha em mobilidade e saída de bola. “É muito mais fácil você adaptar um jogador técnico à marcação do que pedir àquele jogador exclusivamente de contenção que faça uma jogada criativa”, pondera Ricardinho. Para Welington, que no ano passado era a referência no setor de armação, jogar mais atrás não é um problema. “Problema, mesmo, é não jogar”, se apressa em dizer. “Quero estar no time, não importa a função”, avisa.

Welington, aliás, vê o time de hoje com muito mais qualidade. “No ano passado, tínhamos um bom poder de marcação. Mas desta vez, com a chegada do Lúcio Flávio, temos mais opções criativas e o time se tornou mais ofensivo”, analisou. No jogo passado, ele e Cambará se revezaram nos avanços para o ataque. Desta vez, dependendo da postura do Vitória, é possível que ambos tenham que priorizar a marcação. “Temos que ter cuidado, mas eles também terão que se preocupar com a gente”, concluiu Welington.

Ricardinho comemora não apenas a série de bons resultados, mas também o fato do grupo ter assimilado seu estilo de trabalho. “Isso é fundamental. Se os jogadores não tivessem abraçado a causa, de nada adiantaria. Hoje, vejo um elenco coeso e com muitas opções. Não vou discutir qualidade, mas profissionalismo e comprometimento nós temos de sobra”, avisa o treinador. O Paraná encara Vitória, América-RN e Criciúma, equipes do G4. “Temos que encurtar essa distância para os líderes. Para isso, só vencendo decisões como essa”, avalia o lateral Paulo Henrique.

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